Eisenhower e Nasser
No mais, o primeiro foi presidente dos Estados Unidos de 1953 a 1961 e o segundo foi presidente do Egito de 1958 a 1970 (e da Republica Árabe Unida - Egito e Síria-, no curto tempo de sua duração). Ambos militares, Eisenhower foi general de quatro estrelas e Nasser não passou de coronel em sua vida militar.
O governo dos Estados Unidos e o do Reino Unido, para pressionar o governo do presidente Nasser, obrigaram o Banco Mundial a retirar o financiamento destinado à construção da Grande Represa de Assuan.
Uma semana depois, para recompensar a humilhação ao povo egípcio, Nasser nacionalizou o Canal e criou a Autoridade Egípcia do Canal, para administrar a rota marítima, no lugar da Compagnie Universelle Du Canal Maritime de Suez (1888-1956), sediada em Paris, e conjuntamente pertencente aos dois: França e Reino Unido.
Isto também terminou com a ocupação britânica dos cerca de 8.000 km2 que ladeiam o Canal.
A compensação à USMCC (sigla da companhia em inglês) foi conduzida através do Banco Mundial. Durante o debate do assunto no Conselho de Segurança das Nações Unidas, o Egito concordou com os princípios negociados de administração do Canal e sua manutenção como via marítima internacional.
Em acordo anglo-franco-sionista (Reino Unido, França e Israel) secretamente assinado em 24 de outubro de 1956, foi decidida a invasão da Península de Sinai e da Zona do Canal e, cinco dias depois, a violência tríplice já estava em marcha.
Eisenhower, recém-eleito, usou da arma mais eficiente que tinha à mão: o dinheiro. Ordenou ao Federal Reserve que vendesse seu estoque de libras esterlinas nos mercados internacionais e que toda ajuda de toda e qualquer natureza, ao estado sionista, fossem suspensas. A invasão terminou num abrir e fechar de olhos, como um raio.
Economia e finanças foram as armas de Nasser e de Eisenhower.
Por falar em “raio”, será que o Barack Hussein Obama (Barack significa raio, em árabe) não teria aprendido, em seus anos de escola, a lição de Eisenhower? Isto porque há certas movimentações até pouco tempo impensáveis no Oriente Médio, com as decisões das quais participaram Estados Unidos e Rússia, relativas à Síria e o Irã. O futuro próximo nos dirá.
Para jogar água no arroubo israelense, não teria chegado a hora de também Obama fazer o mesmo que Eisenhower e cortar ajudas e apoios?