Poema crítica à poesia bem acabada de um poeta de que gosto
Poema acabado é poema morto.
Morre quem chega ao fim, o ponto findo
Há que mantê-lo o antes do último
Nem mesmo o penúltimo, que penúltimo
É o termo último que precede o fim.
Sigo minha trajetória, sem eira nem beira,
Feita de escabrosas lacunas, saltando mares e lagos e rios e feriados.
O tempo é um modo de o lugar borrar-se no grande relógio de deus Chronos.
Ele se borra num dos marcos de minuto cheio. Ah pudera.
Não posso terminar o poema, o que faço, agora?