Militante pró-palestina é agredida ao passar em frente à Hebraica e tem braço quebrado
Na tarde de terça-feira (30/7), a ativista brasileira pró-palestina Daniela Rodrigues da Silva sofreu uma grave agressão ao passar em frente ao Clube Hebraica de carro e teve o braço quebrado. Ela estava acompanhada da também ativista Edva Aguilar.
Militantes do Núcleo Palestina do PT-SP e da Frente em Defesa do Povo Palestino SP, ambas sofreram a violência quando retornavam da tentativa de entregar uma carta ao Sr. Carlos Alexandre Medeiros, presidente da Caterpillar Brasil, sugerindo que a empresa revisse sua posição de ser conivente com genocídio, colonização e limpeza étnica por parte de Israel, ao fornecer equipamentos para demolição de casas palestinas para, sobre seus escombros, erguer moradias para os colonos que ilegalmente ocupam a Cisjordânia.
Em nome do Núcleo Palestina do PT-SP e da Frente em Defesa do Povo Palestino SP, entre outras entidades, as duas companheiras dirigiram-se à sede da multinacional, onde no entanto foram informadas de que não poderiam protocolar o documento ali. Segundo a recepcionista, elas teriam que “conhecer alguém lá dentro” de modo a conseguir agendar um horário para depositar a referida carta.
Impedidas, assim, de levar a cabo sua missão, Edva Aguilar e Daniela Rodrigues da Silva retornaram ao seu automóvel para irem embora.
No trajeto, com a bandeira da Palestina visível pela janela, por acaso passaram em frente ao Clube Hebraica. A ação, que não apresentava qualquer ameaça, culminou na violência inaceitável. Com a truculência típica de quem se julga impune, acima da lei, Daniela teve o braço fraturado e no momento se encontra hospitalizada.
O Núcleo Palestina do PT-SP, seus militantes e parlamentares, juntamente com a Frente em Defesa do Povo Palestino SP, já começaram a se mobilizar para denunciar o crime e tomar as medidas jurídicas e penais cabíveis contra os responsáveis.
O incidente evidencia a crescente intolerância e a repressão contra ativistas em solidariedade ao povo palestino, e reforça a necessidade urgente de defender os direitos humanos e a liberdade de expressão.