Mais morte e outras mortes

Qui, 17/03/2011 - 00:00

 

Não sou a favor de assassinato cometido por indivíduos ou por estados com fins políticos. Não sou a favor de assassinato nenhum, tanto é que assim considero a pena de morte. Por isto, não aprovo o assassinato cometido por desconhecido contra cinco sionistas e não aprovo todos os assassinatos cometidos por Israel contra árabes em geral e palestinos em particular, tanto em território palestino quanto em outros lugares.Sabemos qual o móvel israelense para tais agressões e, do lado palestino, um relatório das Nações Unidas concluiu, em fevereiro de 2008, que o terrorismo palestino é resultado inevitável da ocupação israelense e do colonialismo e condições de apartheid. Em artigo publicado no New York Times de 04/04/2009, o Professor George Bisharat vai além ao atribuir a estes fatos as razões pelas quais vários países não consideram violência contra uma ocupação militar estrangeira como terrorismo e, por isto, consideram o Hamas como um grupo de resistência. É Israel quem, em violação a Resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas e de Leis Internacionais, ilegalmente ocupa a Palestina e partes da Síria e do Líbano. Tenho apontado continuamente esta desobediência às Resoluções das Nações Unidas e às Convenções de Genebra e não sou o único e nem tampouco o é o Professor Bisharat a considerar Israel transgressor.Basta apontar como exemplo a Resolução 242 do Conselho de Segurança que apela para Israel terminar com tais ocupações para se constatar de um lado a unanimidade no reconhecimento de sua justiça e ser esta e as outras desobediências de Israel o motivo pelo qual 57 países, o que corresponde a um terço dos membros da ONU, não reconhecem o ocupante da Palestina e partes da Síria e do Líbano.Além disto, os assentamentos judeus em territórios árabes ocupados constituem uma violação flagrante à IV Convenção de Genebra que proíbe a qualquer potência ocupante a transferência de qualquer parte de sua população civil para territórios ocupados pela força.Também tenho apontado constantemente o fato de a Liga dos Estados Árabes há anos ter proposto um plano justo de paz e normalização das relações com Israel em troca da obediência deste às leis internacionais e da desocupação ilegal de terras árabes. Este plano está aberto à discussão e foi entregue pessoalmente pelo Secretário Geral da Liga dos Estados Árabes e pelo Ministro das Relações Exteriores do Egito em mãos do Ministro das Relações Exteriores de Israel. Lamentavelmente, a este respeito como a toda iniciativa séria de paz, Israel nem ao menos respondeu.Será que Israel quer continuar não dando a mínima importância à paz e continuar ocupando terras árabes roubadas e lá construindo assentamentos ilegais para, em provocando o mundo, querer provar que o crime compensa? Talvez também seja para que Benjamin Netanyahu não perca a chance de bancar a vítima e, segundo o The Guardian de hoje, domingo 13/03/2011, faça um apelo ao mundo por atuação e condenação internacional pela morte de cinco membros de uma família de assentados na Cisjordânia. Com toda seriedade e sinceridade, ou Netanyahu acha que os terráqueos são uns idiotas ou quer simplesmente desviar a atenção do fracasso que tem sido o seu governo e o seu país como um todo.Não é por menos que o Haaretz destaca na edição de domingo 13/02/2011: “Israel não pode mais fingir que não existe um conflito no Oriente Médio” e adita “A coordenação de segurança entre Israel e a Autoridade Palestina, que contribuiu muito para a relativa calma dos anos recentes, está agora em crise”.No artigo do Haaretz, Aluf Benn descreve muito bem o motivo da ocorrência quando escreve: “O assassinato da família Fogel trouxe um fim à calmaria que Israel apreciou durante os últimos dois anos. O terrorismo palestino golpeou novamente, no ponto mais sensível da Cisjordânia: a mãe de todos os mais isolados assentamentos, no alto sobre Nablus, com seus radicais habitantes infames por suas relações violentas com seus vizinhos palestinos. Nenhum lugar é mais emblemático em conflito e fricção nos territórios que Itamar”.Sabemos qual o problema entre Israel e Palestina, por si gerador de conflitos; o que não sabemos é qual o móvel do assassinato cometido por um palestino qualquer, se palestino foi o autor, contra uma determinada família. Com certeza se pode dizer que o ocorrido teve antecedentes e, na procura dos culpados, todos devem ser investigados.

Não sou a favor de assassinato cometido por indivíduos ou por estados com fins políticos. Não sou a favor de assassinato nenhum, tanto é que assim considero a pena de morte. Por isto, não aprovo o assassinato cometido por desconhecido contra cinco sionistas e não aprovo todos os assassinatos cometidos por Israel contra árabes em geral e palestinos em particular, tanto em território palestino quanto em outros lugares.

Sabemos qual o móvel israelense para tais agressões e, do lado palestino, um relatório das Nações Unidas concluiu, em fevereiro de 2008, que o terrorismo palestino é resultado inevitável da ocupação israelense e do colonialismo e condições de apartheid. 

Em artigo publicado no New York Times de 04/04/2009, o Professor George Bisharat vai além ao atribuir a estes fatos as razões pelas quais vários países não consideram violência contra uma ocupação militar estrangeira como terrorismo e, por isto, consideram o Hamas como um grupo de resistência. É Israel quem, em violação a Resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas e de Leis Internacionais, ilegalmente ocupa a Palestina e partes da Síria e do Líbano. 

Tenho apontado continuamente esta desobediência às Resoluções das Nações Unidas e às Convenções de Genebra e não sou o único e nem tampouco o é o Professor Bisharat a considerar Israel transgressor.

Basta apontar como exemplo a Resolução 242 do Conselho de Segurança que apela para Israel terminar com tais ocupações para se constatar de um lado a unanimidade no reconhecimento de sua justiça e ser esta e as outras desobediências de Israel o motivo pelo qual 57 países, o que corresponde a um terço dos membros da ONU, não reconhecem o ocupante da Palestina e partes da Síria e do Líbano.

Além disto, os assentamentos judeus em territórios árabes ocupados constituem uma violação flagrante à IV Convenção de Genebra que proíbe a qualquer potência ocupante a transferência de qualquer parte de sua população civil para territórios ocupados pela força.

Também tenho apontado constantemente o fato de a Liga dos Estados Árabes há anos ter proposto um plano justo de paz e normalização das relações com Israel em troca da obediência deste às leis internacionais e da desocupação ilegal de terras árabes. Este plano está aberto à discussão e foi entregue pessoalmente pelo Secretário Geral da Liga dos Estados Árabes e pelo Ministro das Relações Exteriores do Egito em mãos do Ministro das Relações Exteriores de Israel. Lamentavelmente, a este respeito como a toda iniciativa séria de paz, Israel nem ao menos respondeu.

Será que Israel quer continuar não dando a mínima importância à paz e continuar ocupando terras árabes roubadas e lá construindo assentamentos ilegais para, em provocando o mundo, querer provar que o crime compensa? 

Talvez também seja para que Benjamin Netanyahu não perca a chance de bancar a vítima e, segundo o The Guardian de hoje, domingo 13/03/2011, faça um apelo ao mundo por atuação e condenação internacional pela morte de cinco membros de uma família de assentados na Cisjordânia. 

Com toda seriedade e sinceridade, ou Netanyahu acha que os terráqueos são uns idiotas ou quer simplesmente desviar a atenção do fracasso que tem sido o seu governo e o seu país como um todo.

Não é por menos que o Haaretz destaca na edição de domingo 13/02/2011: “Israel não pode mais fingir que não existe um conflito no Oriente Médio” e adita “A coordenação de segurança entre Israel e a Autoridade Palestina, que contribuiu muito para a relativa calma dos anos recentes, está agora em crise”.

No artigo do Haaretz, Aluf Benn descreve muito bem o motivo da ocorrência quando escreve: “O assassinato da família Fogel trouxe um fim à calmaria que Israel apreciou durante os últimos dois anos. O terrorismo palestino golpeou novamente, no ponto mais sensível da Cisjordânia: a mãe de todos os mais isolados assentamentos, no alto sobre Nablus, com seus radicais habitantes infames por suas relações violentas com seus vizinhos palestinos. Nenhum lugar é mais emblemático em conflito e fricção nos territórios que Itamar”.

Sabemos qual o problema entre Israel e Palestina, por si gerador de conflitos; o que não sabemos é qual o móvel do assassinato cometido por um palestino qualquer, se palestino foi o autor, contra uma determinada família. Com certeza se pode dizer que o ocorrido teve antecedentes e, na procura dos culpados, todos devem ser investigados.