O esperado veto estadunidense a uma Resolução das Nações Unidas

Qua, 23/02/2011 - 22:58

 

Este artigo não trata de transgressão sendo cometida contra os palestinos e a Palestina e sim de um crime contra a humanidade o qual, se dele descuidarmos, continuará impune como vem sendo durante décadas, com tendência a se perpetuar.O veto estadunidense a uma Resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas condenando a política de colonização do estado sionista era esperado. Isto porque desde o ano 2000 os Estados Unidos exerceram este poder por dez vezes, nove dois quais para evitar a condenação dos sionistas. O cinismo maior ficou por conta da Embaixadora Susan Rice, representante permanente dos Estados Unidos junto à ONU, explicando que a decisão de seu país foi adotada para “não encorajar as partes a ficarem fora das negociações” e aditando que a colonização destruía “a confiança entre as partes” e ameaçava “as perspectivas de paz”. Além da afronta ostensiva às convenções e conveniências morais e sociais, há contradições patentes na declaração da Embaixadora: primeiro porque não é virtualmente permitindo a construção de assentamentos, com a agravante de que contraria também 93,3% dos próprios membros do CS, que se inibe a participação das partes nas negociações; e, segundo, se a construção de assentamentos destrói a confiança entre as partes, porque então continuar na teimosia de compactuar com a improbidade dos atos praticados condenados pelas Leis Internacionais. A construção dos tais assentamentos para neles se estabelecer uma população civil alienígena sionista é por esta própria razão uma flagrante ilegalidade capitulada na Quarta Convenção de Genebra que “protege os civis, inclusive em territórios ocupados”. O estado sionista assinou as Convenções em 08-12-1949 e os ratificou em 06-07-1951, mas para quem nunca respeitou Tratados ou todas as Resoluções da Assembléia Geral das Nações Unidas ou as Resoluções do Conselho de Segurança, comprometer-se assinando e ratificando e não cumprir é também esperado.Os quatorze outros membros do Conselho de Segurança votaram a favor da Resolução. Não é de admirar que os Estados Unidos tenham votado contra, coerentes com as suas atitudes através do tempo e em todos os cantos do mundo e principalmente no Oriente Próximo, impondo fazer valer que quatorze votos não valem e só tem valor um único voto carregado de contradições e injustiças. Este é o conceito chulo estadunidense de democracia: “se for do meu e no interesse de meus protegidos sionistas vale; se não for, não vale”. Este não é caso isolado. Para a Autoridade Palestina, o veto estadunidense é uma decisão “infeliz” afetando a credibilidade de Washington na região. Como também era de se esperar, os palestinos declararam que iriam “reavaliar” sua participação no processo de paz.Esta é a primeira vez que os Estados Unidos usam o veto a uma Resolução do Conselho de Segurança desde quando Barack Obama assumiu a presidência de seu país. Obama, no entanto, não foi inédito por exercer o prestígio de seu cargo para favorecer o estado sionista, pois assim procederam todos os seus antecessores.Não conseguindo convencer Mahmoud Abbas, o chefe da Autoridade Palestina a retirar o projeto de Resolução, ele instruiu a seus diplomatas para que telefonassem para os governantes dos quatorze membros do Conselho de Segurança pedindo que votassem contra. Quaisquer que tenham sido as respostas de cada um dos chefes de governo consultados, os Estados Unidos e seu presidente saíram deste episódio desprestigiados.  Obama entrou e saiu desmoralizado.

Este artigo não trata de transgressão sendo cometida contra os palestinos e a Palestina e sim de um crime contra a humanidade o qual, se dele descuidarmos, continuará impune como vem sendo durante décadas, com tendência a se perpetuar.


O veto estadunidense a uma Resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas condenando a política de colonização do estado sionista era esperado. Isto porque desde o ano 2000 os Estados Unidos exerceram este poder por dez vezes, nove dois quais para evitar a condenação dos sionistas. 


O cinismo maior ficou por conta da Embaixadora Susan Rice, representante permanente dos Estados Unidos junto à ONU, explicando que a decisão de seu país foi adotada para “não encorajar as partes a ficarem fora das negociações” e aditando que a colonização destruía “a confiança entre as partes” e ameaçava “as perspectivas de paz”. 


Além da afronta ostensiva às convenções e conveniências morais e sociais, há contradições patentes na declaração da Embaixadora: primeiro porque não é virtualmente permitindo a construção de assentamentos, com a agravante de que contraria também 93,3% dos próprios membros do CS, que se inibe a participação das partes nas negociações; e, segundo, se a construção de assentamentos destrói a confiança entre as partes, porque então continuar na teimosia de compactuar com a improbidade dos atos praticados condenados pelas Leis Internacionais. A construção dos tais assentamentos para neles se estabelecer uma população civil alienígena sionista é por esta própria razão uma flagrante ilegalidade capitulada na Quarta Convenção de Genebra que “protege os civis, inclusive em territórios ocupados”. O estado sionista assinou as Convenções em 08-12-1949 e os ratificou em 06-07-1951, mas para quem nunca respeitou Tratados ou todas as Resoluções da Assembléia Geral das Nações Unidas ou as Resoluções do Conselho de Segurança, comprometer-se assinando e ratificando e não cumprir é também esperado.

Os quatorze outros membros do Conselho de Segurança votaram a favor da Resolução. Não é de admirar que os Estados Unidos tenham votado contra, coerentes com as suas atitudes através do tempo e em todos os cantos do mundo e principalmente no Oriente Próximo, impondo fazer valer que quatorze votos não valem e só tem valor um único voto carregado de contradições e injustiças. Este é o conceito chulo estadunidense de democracia: “se for do meu e no interesse de meus protegidos sionistas vale; se não for, não vale”. Este não é caso isolado. 

Para a Autoridade Palestina, o veto estadunidense é uma decisão “infeliz” afetando a credibilidade de Washington na região. Como também era de se esperar, os palestinos declararam que iriam “reavaliar” sua participação no processo de paz.

Esta é a primeira vez que os Estados Unidos usam o veto a uma Resolução do Conselho de Segurança desde quando Barack Obama assumiu a presidência de seu país. Obama, no entanto, não foi inédito por exercer o prestígio de seu cargo para favorecer o estado sionista, pois assim procederam todos os seus antecessores.

Não conseguindo convencer Mahmoud Abbas, o chefe da Autoridade Palestina a retirar o projeto de Resolução, ele instruiu a seus diplomatas para que telefonassem para os governantes dos quatorze membros do Conselho de Segurança pedindo que votassem contra. Quaisquer que tenham sido as respostas de cada um dos chefes de governo consultados, os Estados Unidos e seu presidente saíram deste episódio desprestigiados.  Obama entrou e saiu desmoralizado.