6ª Mostra Mundo Árabe de Cinema 2011

Qui, 16/06/2011 - 21:20

 

A Mostra Mundo Árabe de Cinema de 2011 acontece em uma conjuntura particular. É um momento da vida do planeta em que o intercâmbio entre as culturas torna-se cada vez mais importante, pois a política global está se movendo lentamente para novos caminhos. Neste momento, o cinema, quando feito de maneira independente ou menos limitada pelo modelo homogeneizador de mercado, se revela como importante instrumento de mediação da diversidade cultural. As histórias do cinema são fruto das visões de mundo de seus realizadores, homens e mulheres inseridos nesse contexto plural, que deve ser difundido para que permaneça vivo.Foram selecionados para esse programa filmes de nove países: Argélia, Egito, Emirados Árabes, Iraque, Jordânia, Líbano, Marrocos, Palestina e Tunísia. Esses foram escolhidos por mostrar as particularidades dos países de origem, mas sem pretender o isolamento. Os filmes falam de questões que são comuns e acabam por unir os povos do mundo inteiro por meio da emoção e da esperança. Revelam as tensões, mas também o que há de harmônico entre a singularidade e universalidade.A maioria é obra de uma nova geração de cineastas surgida nos últimos dez anos. Essas produções foram aclamadas pela crítica internacional e fizeram parte dos principais festivais mundiais – Cannes, Sundance, Toronto, Veneza e Berlim. Alguns dos filmes atingiram grande sucesso de bilheteria em seus países, como Microfone (2010) e Um a zero (2009). O primeiro deles, de Ahmad Abdallah, é primeiro egípcio a receber o prestigioso prêmio “The Golden Tanit” do festival de 2010 em Cartago. Será uma oportunidade para o público brasileiro conhecer esses trabalhos e outros como Caindo por terra (2008), de Chadi Zenedine, uma poesia em movimento e imagens lamentando e buscando a pátria perdida de um diretor; e Cidade da vida (2009), de Ali Mostafa, primeiro filme dos Emirados Árabes a ser distribuído nacional e internacionalmente. E ter acesso a obras de nomes como os diretores Mohamad Al Daradji, de Filho da Babilônia (2009), nomeado em 2010 pela Revista Variety como “Cineasta do Ano do Oriente Médio”; Joud Said, de Outra vez (2009), o mais jovem sírio a concluir um longa-metragem; e Kamal Aljafari, de Porto da memória (2009), cineasta e artista visual internacionalmente reconhecido pelos trabalhos que conciliam documentário e ficção. Poderão ser vistas ainda Mascarades (2008), de Lyès Salem, longa-metragem argelino que trata dos interesses particulares ofuscados pelos costumes tradicionais, assim como What a Wonderful World (2006), premiado segundo longa do diretor, ator, escritor e artista plástico Faouzi Bensaïdi; Casanegra (2008), de Nour-Eddine Lakmari, que revela o Marrocos a partir de questões sociais como a pobreza, a prostituição, a homofobia, as drogas e a violência; e Fora da lei (2010), de Rachid Bouchared, indicado ao Oscar 2011 de melhor filme estrangeiro.As mulheres também têm forte presença nessa mostra. Da tunisiana Raja Amari será exibido Segredos enterrados (2009), que concorreu nos festivais de Veneza e Abu Dhabi. De Kamla Abu Zekri, Um a zero, campeão de bilheteria no Egito e festivais internacionais. Além de Todo dia é feriado (2009), o primeiro e brilhante longa-metragem de Dima El Horr que mistura política e surrealismo. Dentre os documentários, VHS Khaloucha (2006), de Néjib Belkadhi, a história hilária de um cineasta amador que produz longas-metragens em VHS; e Reciclar (2007), de Mahmoud Al Massad, que revela o ambiente social gerador de terroristas e imigrantes.A Mostra Mundo Árabe buscará transportar as audiências ao coração do mundo árabe, de onde diariamente recebemos notícias, embora a história desse povo ainda permaneça relativamente desconhecida ou fragmentada ao chamado “ocidente”. Por meio do cinema, o Instituto da Cultura Árabe, juntamente com seus parceiros tradicionais, como a Secretaria da Cultura do Município de São Paulo e Sesc-SP (Serviço Social do Comércio) visa, mais uma vez, esclarecer a vida cotidiana, mas também os eventos históricos daquela região. Conta com o apoio da Casa Árabe de Espanha, da Cinemateca Brasileira e com a parceria inédita das curadoras Dora Bouchoucha e Nagila Guimarães. Trata-se de uma mostra internacional que, a partir de São Paulo, seguirá para Brasília e Belo Horizonte. Assim, pretende fornecer maior possibilidade de intercâmbio entre os cineastas e o público brasileiro e abrir uma janela para que a cultura árabe possa ser vista sob um olhar mais reflexivo e menos preconceituoso, tornando o diferente mais conhecido e, portanto, muito mais próximo.Os organizadoresA 6ª Mostra Mundo Árabe de Cinema 2011 é uma realização do Instituto da Cultura Árabe (ICArabe),Sesc-SP (Serviço Social do Comércio), Secretaria Municipal da Cultura (Prefeitura de São Paulo),Cinemateca Brasileira e Casa Árabe de Espanha.

A Mostra Mundo Árabe de Cinema de 2011 acontece em uma conjuntura particular. É um momento da vida do planeta em que o intercâmbio entre as culturas torna-se cada vez mais importante, pois a política global está se movendo lentamente para novos caminhos.

Neste momento, o cinema, quando feito de maneira independente ou menos limitada pelo modelo homogeneizador de mercado, se revela como importante instrumento de mediação da diversidade cultural. As histórias do cinema são fruto das visões de mundo de seus realizadores, homens e mulheres inseridos nesse contexto plural, que deve ser difundido para que permaneça vivo.

Foram selecionados para esse programa filmes de nove países: Argélia, Egito, Emirados Árabes, Iraque, Jordânia, Líbano, Marrocos, Palestina e Tunísia. Esses foram escolhidos por mostrar as particularidades dos países de origem, mas sem pretender o isolamento. Os filmes falam de questões que são comuns e acabam por unir os povos do mundo inteiro por meio da emoção e da esperança. Revelam as tensões, mas também o que há de harmônico entre a singularidade e universalidade.

A maioria é obra de uma nova geração de cineastas surgida nos últimos dez anos. Essas produções foram aclamadas pela crítica internacional e fizeram parte dos principais festivais mundiais – Cannes, Sundance, Toronto, Veneza e Berlim. Alguns dos filmes atingiram grande sucesso de bilheteria em seus países, como Microfone (2010) e Um a zero (2009). O primeiro deles, de Ahmad Abdallah, é primeiro egípcio a receber o prestigioso prêmio “The Golden Tanit” do festival de 2010 em Cartago.

Será uma oportunidade para o público brasileiro conhecer esses trabalhos e outros como Caindo por terra (2008), de Chadi Zenedine, uma poesia em movimento e imagens lamentando e buscando a pátria perdida de um diretor; e Cidade da vida (2009), de Ali Mostafa, primeiro filme dos Emirados Árabes a ser distribuído nacional e internacionalmente. E ter acesso a obras de nomes como os diretores Mohamad Al Daradji, de Filho da Babilônia (2009), nomeado em 2010 pela Revista Variety como “Cineasta do Ano do Oriente Médio”; Joud Said, de Outra vez (2009), o mais jovem sírio a concluir um longa-metragem; e Kamal Aljafari, de Porto da memória (2009), cineasta e artista visual internacionalmente reconhecido pelos trabalhos que conciliam documentário e ficção. Poderão ser vistas ainda Mascarades (2008), de Lyès Salem, longa-metragem argelino que trata dos interesses particulares ofuscados pelos costumes tradicionais, assim como What a Wonderful World (2006), premiado segundo longa do diretor, ator, escritor e artista plástico Faouzi Bensaïdi; Casanegra (2008), de Nour-Eddine Lakmari, que revela o Marrocos a partir de questões sociais como a pobreza, a prostituição, a homofobia, as drogas e a violência; e Fora da lei (2010), de Rachid Bouchared, indicado ao Oscar 2011 de melhor filme estrangeiro.

As mulheres também têm forte presença nessa mostra. Da tunisiana Raja Amari será exibido Segredos enterrados (2009), que concorreu nos festivais de Veneza e Abu Dhabi. De Kamla Abu Zekri, Um a zero, campeão de bilheteria no Egito e festivais internacionais. Além de Todo dia é feriado (2009), o primeiro e brilhante longa-metragem de Dima El Horr que mistura política e surrealismo. Dentre os documentários, VHS Khaloucha (2006), de Néjib Belkadhi, a história hilária de um cineasta amador que produz longas-metragens em VHS; e Reciclar (2007), de Mahmoud Al Massad, que revela o ambiente social gerador de terroristas e imigrantes.

A Mostra Mundo Árabe buscará transportar as audiências ao coração do mundo árabe, de onde diariamente recebemos notícias, embora a história desse povo ainda permaneça relativamente desconhecida ou fragmentada ao chamado “ocidente”. Por meio do cinema, o Instituto da Cultura Árabe, juntamente com seus parceiros tradicionais, como a Secretaria da Cultura do Município de São Paulo e Sesc-SP (Serviço Social do Comércio) visa, mais uma vez, esclarecer a vida cotidiana, mas também os eventos históricos daquela região. Conta com o apoio da Casa Árabe de Espanha, da Cinemateca Brasileira e com a parceria inédita das curadoras Dora Bouchoucha e Nagila Guimarães. Trata-se de uma mostra internacional que, a partir de São Paulo, seguirá para Brasília e Belo Horizonte. Assim, pretende fornecer maior possibilidade de intercâmbio entre os cineastas e o público brasileiro e abrir uma janela para que a cultura árabe possa ser vista sob um olhar mais reflexivo e menos preconceituoso, tornando o diferente mais conhecido e, portanto, muito mais próximo.

Os organizadores
A 6ª Mostra Mundo Árabe de Cinema 2011 é uma realização do Instituto da Cultura Árabe (ICArabe),Sesc-SP (Serviço Social do Comércio), Secretaria Municipal da Cultura (Prefeitura de São Paulo),Cinemateca Brasileira e Casa Árabe de Espanha.

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