Atleta do Sudão do Sul encerra participação da equipe de refugiados no Estádio Olímpico da Rio 2016
Após ter sido a porta-bandeiras da Equipe Olímpica de Atletas Refugiados na cerimônia de abertura dos Jogos Rio2016, a velocista sul-sudanesa Rose Lokonyen, de 21 anos, voltou a se destacar nas olimpíadas – desta vez suando a camisa ao participar da prova de 800 metros feminino.
"Fiquei muito feliz com o resultado da prova e por ter tido a chance de competir até a linha de chegada com atletas que são campeãs mundiais. E sou muito grata a todas as pessoas que me apoiaram a conquistar essa participação nos Jogos Olímpicos", disse a atleta logo após a prova.
Rose, que vive no campo de refugiados de Kakuma (no Quênia), despertou o interesse de um treinador ao participar de uma corrida de 10 km organizada pela Fundação Loroupe Tegla – que apoia atletas refugiados naquele país. Ela teve um bom desempenho, apesar de nunca ter treinado antes, e começou a se dedicar ao atletismo. "Quero aprimorar minhas habilidades para a corrida e me tornar uma atleta profissional", disse Rose, ao final da prova da qual participou no Estádio Olímpico da Rio 2016.
Dentre os 10 membros da Equipe Olímpica de Atletas Refugiados, nove já competiram. A última participação será no próximo domingo (21/08), quando o etíope refugiado Yonas Kinde disputará a Maratona, no último dia de competições, a partir das 9h30.
A Equipe Olímpica de Atletas Refugiados é uma iniciativa do Comitê Olímpico Internacional que conta com o apoio do ACNUR. As duas organizações atuam juntas há mais de 20 anos, promovendo os esportes como uma ferramenta de bem-estar dos refugiados, particularmente em relação às crianças.
Nos Jogos Olímpicos Rio 2016, dez refugiados de quatro diferentes países integram a inédita Equipe Olímpica de Atletas Refugiados, sendo dois nadadores sírios, dois judocas da República Democrática do Congo e seis corredores africanos – um da Etiópia, maratonista, e cinco do Sudão do Sul. Todos eles deixaram seus países devido a conflitos, perseguições e violações dos direitos humanos, e encontraram refúgio na Alemanha, Bélgica, Brasil, Luxemburgo e Quênia.
Para apoiar os refugiados com apenas um clique, visite www.comosrefugiados.org
Fonte: ACNUR (http://goo.gl/fMiKJt)