Diretora da Unesco exalta legado da língua árabe
No Dia Mundial do idioma materno de pelo menos 290 milhões de pessoas em todo o mundo, agência da ONU destaca sua importância para a humanidade.
O árabe é a língua materna de mais de 290 milhões de pessoas e o idioma litúrgico de cerca de 1,5 bilhão de muçulmanos em todo o mundo. O Dia Mundial da Língua Árabe é comemorado no dia 18 de dezembro e exalta esse que é o idioma oficial de pelo menos 22 países, que compõem a Liga Árabe. Para a data, a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Audrey Azoulay, tornou pública uma mensagem celebrando a importância da língua. “O árabe carrega um extraordinário legado no campo das artes e ciências e se firma hoje como meio de comunicação de uma juventude antenada com as novas tecnologias”, afirmou Azoulay no texto divulgado nesta terça-feira (18).
A diretora comentou sobre as contribuições da língua para a civilização humana. “A língua árabe é um símbolo de identidade”, apontou ela, abordando áreas como artes, arquitetura, caligrafia e literatura, e outras manifestações singulares. “Essa língua também tem sido um duto, que canaliza o conhecimento nas áreas de ciência, medicina, astronomia, matemática, filosofia e história”, acrescentou a autoridade máxima da Unesco.
Juventude
Neste ano, o tema do Dia Mundial da Língua Árabe é Juventude. Sobre a escolha, Azoulay disse que “o árabe continua a realizar importantes contribuições na era digital da atualidade, especialmente por meio de sua grande população jovem, que é altamente conectada por meio da tecnologia. Os jovens estão entre os mensageiros mais influentes dos dias atuais e, da mesma forma, são atores-chave na construção do futuro”, explicou a diretora.
Para marcar a data, a Unesco está discutindo em eventos na França e na internet questões sobre cultura, língua, identidade e mídias sociais. Em nota, a agência da ONU informou que quer entender o papel que esses veículos desempenham na construção da paz na mente dos homens e mulheres jovens. “Por meio desses debates, esperamos estimular o diálogo com jovens que falam árabe, mobilizando-os para a construção de um mundo melhor, sobre as bases de seu patrimônio intelectual extraordinariamente rico e diverso”, concluiu Azoulay.