Em São Paulo, representantes da ONU realizam encontro sobre a Palestina
Mediado pelo professor Salem Nasser, do curso de Direito Global, o encontro sobre a Palestina teve como palestrantes Filippo Grandi, comissário-geral da Agência das Nações Unidas para Assistência e Obras aos Palestinos Refugiados no Oriente Médio – UNRWA, na sigla em inglês -, e Milton Rondó Filho, conselheiro de Assistência Internacional de Combate à Fome do Ministério de Relações Exteriores do Brasil.
Em sua primeira visita ao Brasil, o italiano Filippo Grandi, da UNRWA, começou dizendo que o país acabou se tornando um grande colaborador da agência. Ele explicou a importância de falar sobre os palestinos num contexto de grandes mudanças no Oriente Médio. “Os palestinos se comparam com o que está acontecendo no restante do mundo árabe e se sentem profundamente frustrados”, opinou Grandi, que citou a afirmação do premiê palestino Salam Fayyad numa entrevista, há alguns dias, de que “o principal risco para os palestinos hoje é a marginalização política”. Concepção que, contudo, não é consensual. Alguns analistas têm visto nas revoluções em andamento a oportunidade de transformações na geopolítica da região, o que abriria caminho a uma solução para a questão palestina.
Já o conselheiro de Assistência Internacional de Combate à Fome do Ministério de Relações Exteriores do Brasil, Milton Rondó, começou sua fala explicando as atribuições do órgão, que segue o artigo IV da Constituição, que diz que um dos parâmetros da política externa brasileira é a promoção dos direitos humanos, ou seja, proteção, promoção e provimento. “Se alguém passa fome em Gaza é responsabilidade do governo brasileiro, do povo brasileiro”, ressaltou.
O mediador Salem Nasser contou ao público presente que, durante uma viagem a Israel com o conselheiro Milton Rondó, para uma palestra na Universidade de Tel Aviv, viu o real sofrimento da população palestina. “Deixando as questões políticas de lado, você via o sofrimento real, profundo. Você percebia a importância da atuação de uma organização como a ONU. É vital”, acredita. Nasser também destacou que, para organismos internacionais, como a Cruz Vermelha e a World Food Programme, o problema da Palestina é a ocupação. “Eles sabem trabalhar, eles sabem plantar. Assim que eles não estiverem mais sob ocupação, não precisarão de ninguém.”
Somente em campos em países árabes, são quase 5 milhões de refugiados palestinos, registrados pela UNRWA. Grandi enfatizou: “Eles não podem voltar para suas casas porque Israel se recusa a aceitar o seu retorno para manter o estado israelense formado por maioria judia”, ressaltou. O direito de retorno é garantido pela lei internacional e pela Resolução 194 da ONU – e considerado inalienável e inegociável pelos palestinos.
Perguntado pelo público sobre como estão os refugiados palestinos que vivem neste país, Milton Rondó contou o caso de uma família trazida do Iraque para Venâncio Aires, no Rio Grande do Sul, que foi inserida nos programas de assistência social brasileiros. Rondó destacou: “A questão dos refugiados palestinos é importante para o Brasil. Em poucas regiões do mundo os diretos humanos são tão desrespeitados quanto na Palestina.”
Em sua primeira visita ao Brasil, o italiano Filippo Grandi, da UNRWA, começou dizendo que o país acabou se tornando um grande colaborador da agência. Ele explicou a importância de falar sobre os palestinos num contexto de grandes mudanças no Oriente Médio. “Os palestinos se comparam com o que está acontecendo no restante do mundo árabe e se sentem profundamente frustrados”, opinou Grandi, que citou a afirmação do premiê palestino Salam Fayyad numa entrevista, há alguns dias, de que “o principal risco para os palestinos hoje é a marginalização política”. Concepção que, contudo, não é consensual. Alguns analistas têm visto nas revoluções em andamento a oportunidade de transformações na geopolítica da região, o que abriria caminho a uma solução para a questão palestina.
Já o conselheiro de Assistência Internacional de Combate à Fome do Ministério de Relações Exteriores do Brasil, Milton Rondó, começou sua fala explicando as atribuições do órgão, que segue o artigo IV da Constituição, que diz que um dos parâmetros da política externa brasileira é a promoção dos direitos humanos, ou seja, proteção, promoção e provimento. “Se alguém passa fome em Gaza é responsabilidade do governo brasileiro, do povo brasileiro”, ressaltou.
O mediador Salem Nasser contou ao público presente que, durante uma viagem a Israel com o conselheiro Milton Rondó, para uma palestra na Universidade de Tel Aviv, viu o real sofrimento da população palestina. “Deixando as questões políticas de lado, você via o sofrimento real, profundo. Você percebia a importância da atuação de uma organização como a ONU. É vital”, acredita. Nasser também destacou que, para organismos internacionais, como a Cruz Vermelha e a World Food Programme, o problema da Palestina é a ocupação. “Eles sabem trabalhar, eles sabem plantar. Assim que eles não estiverem mais sob ocupação, não precisarão de ninguém.”
Somente em campos em países árabes, são quase 5 milhões de refugiados palestinos, registrados pela UNRWA. Grandi enfatizou: “Eles não podem voltar para suas casas porque Israel se recusa a aceitar o seu retorno para manter o estado israelense formado por maioria judia”, ressaltou. O direito de retorno é garantido pela lei internacional e pela Resolução 194 da ONU – e considerado inalienável e inegociável pelos palestinos.
Perguntado pelo público sobre como estão os refugiados palestinos que vivem neste país, Milton Rondó contou o caso de uma família trazida do Iraque para Venâncio Aires, no Rio Grande do Sul, que foi inserida nos programas de assistência social brasileiros. Rondó destacou: “A questão dos refugiados palestinos é importante para o Brasil. Em poucas regiões do mundo os diretos humanos são tão desrespeitados quanto na Palestina.”
O conselheiro-geral Filippo Grandi afirmou que o país tornou-se um grande doador da UNRWA. “Quero conversar com a sociedade civil, com a iniciativa privada e governos locais. Tive encontros em Brasília e em mais quatro cidades.” Ele também comentou que o mundo árabe vê a questão dos palestinos como central e a ajuda de alguns governos locais à agência da ONU aumentou.