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Debate encerra a 6ª Mostra Mundo Árabe de CinemaO público presente na Cinemateca teve a oportunidade de participar de uma discussão inédita sobre os rumos do cinema árabe, suas produções e perspectivas, com a diretora tunisiana Raja Amari, a curadora da Mostra, Nágila Guimarães, e a Diretora Cultural e Científica do ICArabe, Soraya Smaili.A Cinemateca Brasileira foi palco, na noite de 29/6, de um importante debate sobre a produção cinematográfica no mundo árabe. Com a presença da diretora tunisiana Raja Amari, a atividade encerrou a 6ª Mostra Mundo Árabe de Cinema. A mesa contou também com as presenças de Nágila Guimarães, curadora da Mostra, Soraya Smaili, Diretora Cultural e Científica do ICArabe, e mediação de Aimar Labaki. Antes do debate, foi exibido “Segredos enterrados”, dirigido por Raja. O filme conta a história de três mulheres que vivem isoladas em um palácio abandonado, guardando um segredo sobre sua família. A existência delas se modifica a partir da chegada de Salma, que passa a partilhar da rotina das mulheres como prisioneira.Para iniciar a discussão, Soraya Smaili relatou ao público como surgiu a ideia de realizar mostras de cinema voltadas unicamente para a produção árabe. Segundo ela, o cinema árabe, apesar de pouco conhecido, era muito desejado. Afinal, diversos países árabes possuem grande tradição em produzir filmes, como o Egito. Em seguida, Nágila contou que começou a pensar em fazer a curadoria da mostra em 2009, a partir do crescimento das produções em número e qualidade. “Não tivemos a intenção de focar em questões políticas, mas sim de ter várias histórias, vários diretores, de diferentes países”, explicou. Na sequência, Raja Amari, passou a responder perguntas de Aimar Labaki e do público, ávido por informações tanto sobre o cinema como sobre a recente revolução na Tunísia, que derrubou a ditadura de Ben Ali após mais de vinte anos de regime. Segundo Raja, a Tunísia produz em média três ou quatro filmes por ano, com financiamento do Ministério da Cultura. Como os recursos não são suficientes, os diretores apelam para as co-produções com outros países, geralmente europeus. Raja falou também sobre a censura política que os filmes tunisianos enfrentam por serem financiados por órgãos do governo. Para driblá-la, e também garantir mais recursos, está sendo criada uma estrutura independente, reunindo cineastas tunisianos. Esse órgão, semelhante a um sindicato, produziu um documentário sobre a revolução que tirou Ben Ali do poder e pretende criar uma estrutura que regule a produção cinematográfica no futuro.Para a diretora, que levou três anos para concluir “Segredos enterrados”, a grande dificuldade em fazer filmes em seu país é mesmo a busca por financiamento. Segundo Raja, seu filme suscitou intenso debate, principalmente por tocar em elementos como o desejo e o corpo femininos. “As personagens principais são femininas. Os conflitos, as complicações, estão centradas sobre o corpo das mulheres, no filme e na realidade”, disse. Perguntada sobre seu conhecimento sobre o cinema brasileiro, Raja contou estar na fase da descoberta, pois há pouca difusão na Tunísia. “Conheço um pouco mais o cinema argentino”, falou.Muitas perguntas giraram em torno da representação da mulher árabe. Raja enfatizou o fato de que seu filme não representa necessariamente uma realidade social, e tampouco tem a pretensão de falar sobre a mulher árabe, mas sim contar uma história de ficção. Para ela, é difícil falar sobre um cinema árabe, pois a realidade dos países – e, consequentemente, de suas expressões artísticas – são muito distintas. “Não gostaria de rotular meu cinema como árabe”, disse, “pois sofro diversas influências”. A diretora deu como exemplo o cinema iraniano, que em sua opinião não tem uma identidade árabe propriamente, mas sim as suas próprias influências. Sobre as co-produções, que foram diversas vezes questionadas, Raja disse que procura escolher profissionais que trabalharam em filmes que a agradaram. Em “Segredos enterrados”, ela empregou técnicos franceses, turcos e tunisianos, resultando em uma boa experiência de trabalho. Raja falou também sobre questões políticas, principalmente sobre a revolução. Disse que a Tunísia enfrenta agora um período de transição, pois ainda não foram realizadas eleições. “Espero que as coisas aconteçam”, disse. Questionada sobre a possibilidade de união dos países árabes em uma estrutura semelhante à da União Européia, Raja afirmou que se tratar de realidades muito diferentes, e que essas diferenças são importantes. 


O público presente na Cinemateca teve a oportunidade de participar de uma discussão inédita sobre os rumos do cinema árabe, suas produções e perspectivas, com a diretora tunisiana Raja Amari, a curadora da Mostra, Nágila Guimarães, e a Diretora Cultural e Científica do ICArabe, Soraya Smaili.

Sex, 01/07/2011 - 08:54

 

6ª Mostra Mundo Árabe de Cinema vai até dia 29/6O encerramento contará com as presenças de Raja Amari, diretora do filme tunisiano “Segredos Enterrados”, e de Lina Chaabane Menzli, produtora, para um debate sobre o cinema no Mundo Árabe. A atividade acontece na quarta-feira, 29/6, a partir das 20h, na Cinemateca, em São Paulo.--Na próxima quarta-feira, 29/6, acontece o encerramento da 6ª Mostra Mundo Árabe de Cinema. A atividade contará com a exibição do filme tunisiano "Segredos enterrados", e com um debate com Raja Amari, diretora do filme, Lina Chaabane Menzli, produtora, Nagila Guimarães, curadora da mostra,e Soraya Smaili, diretora cultural e científica do ICArabe. A mediação será de Aimar Labaki.As convidadas apresentarão um panorama da situação atual da Tunísia após o levante que ocorreu no início deste  ano, e discutirão o cinema no Mundo Árabe a partir das produções atuais. Além disso, falarão do tradicional Festival de Cartago, do qual participam ativamente como organizadoras. Segundo Soraya, “o encontro não apenas promoverá o diálogo do cinema árabe com os brasileiros, mas também permitirá ao público conhecer de perto um pouco da realidade do que tem sido visto pelo mundo por meio dos veículos de comunicação, em especial os recentes acontecimentos da chamada Primavera Árabe, que teve início na Tunísia. A diretora e a produtora falarão da conjuntura no país e de sua organização social após o fim da ditadura".Sobre a 6ª Mostra Mundo Árabe de Cinema Realizada pelo ICArabe (Instituto da Cultura Árabe), em parceria com o Sesc-SP (Serviço Social do Comércio), Prefeitura Municipal de São Paulo, Cinemateca Brasileira e Casa Árabe de Espanha, a Mostra acontece entre 16 e 29 de junho.As exibições de filmes acontecem em algumas das principais salas de São Paulo: CineSESC (16 a 23/6), Centro Cultural São Paulo (17 a 26/6), Cinemateca (21 a 29/6) e Matilha Cultural (21 a 25/6). Neste ano, a mostra irá também para Brasília e Belo Horizonte.Serão apresentados 15 filmes de diversos países como Tunísia, Egito, Síria, Emirados Árabes, Iraque, Argélia, Marrocos, Palestina, entre outros. As produções foram selecionadas pela brasileira Nagila Guimarães e pela tunisiana Dora Bochoucha, que optaram por incluir no circuito filmes que representassem como fidelidade as particularidades de seus países de origem, mas sem pretender o isolamento.A 6ª Mostra Internacional Mundo Árabe de Cinema, conta com o apoio cultural da Embaixada da Argélia, Embaixada do Egito, Embaixada do Marrocos, Embaixada da Síria, Embaixada da França no Brasil, Consulado Geral da França em São Paulo, Cinemateca da Embaixada da França, Centro Cultural da Espanha em São Paulo, Centro Cultural Banco do Brasil, Revista Chams, Associação dos Amigos da Cinemateca e Oboré Projetos Especiais em Comunicações e Artes. Veja aqui a programação completa, sinopses dos filmes e demais informações sobre a Mostra. Sobre as convidadas RAJA AMARI, nascida em Túnis, em 1971, fez mestrado em literatura francesa e civilização pela Universidade de Tunis. Estudou cinema em Paris, na École National Supérieure dês Métiers de lImage ET Du Son (FEMIS). Dirigiu seu primeiro curta-metragem, LE BOUQUET, em 1995, seguido por AVRIL, em 1998. Em 2002, Amari escreveu e dirigiu seu primeiro longa-metragem, SATIN ROUGE, que recebeu o prêmio de melhor diretora no Seattle International Film Festival, prêmio de melhor filme no Festival Internacional de Torino, entre outros. SEGREDOS ENTERRADOS é o segundo longa de Amari e foi selecionado para a Competição Orizzonti no Venice Film Festival 2009, Abu Dhabi Festival e Doha Festival. LINA CHAABANE MENZLI - Estudou línguas modernas na escola International Studies, em Londres. Lina trabalha ativamente com cinema na Tunísia desde 1992, como produtora, gerente de locação e gerente de produção em inúmeros curtas e longas-metragens. Traduziu vários roteiros e legendas para filmes tunisianos e estrangeiros em inglês e francês. Treinou jovens cineastas argelinos para criação de roteiros de curtas-metragens e é uma das organizadoras das oficinas de roteiro SUD Ecriture e do programa para treinamento de produtores Beyond Borders. Lina faz parte da comissão organizadora do Festival Cinematográfico de Cartago desde 1992. NAGILA GUIMARÃES - Cursou Economia na PUC-MG, em Belo Horizonte, Comércio Exterior na UCLA, em Los Angeles e Produção de Vídeo e Distribuição na New School For Social Research, em Nova York. Idealizadora e co-curadora da Mostra de Cinema Árabe, CCBB de Brasília em 2011.  Idealizadora e curadora da mostra de Cinema Georgiano para os CCBBs do Rio e São Paulo em 2009.  Trabalha para o Abu Dhabi Film Festival desde 2008 e trabalhou para o Miami International Film Festival de 2003 a 2010. Produtora do documentário "Please Talk to Kids About Aids", de 2006.  Participou do Sundance Film Festival em 2002. Co-fundadora e sócia da Imagination Plus, Dubai, de 1997 a 1999 e foi representante da Vidart (Produtora e distribuidora de videos), em Nova York, de 1993 a 1996.


A atividade de fechamento da Mostra contará com Raja Amari, diretora do filme tunisiano “Segredos Enterrados”, e Lina Chaabane Menzli, produtora, para um debate sobre o cinema no Mundo Árabe, na próxima quarta-feira, 29/6, a partir das 20h, na Cinemateca (SP).

Dom, 26/06/2011 - 19:51

 

Matilha Cultural realiza exposição “Expressões da Revolução”A atividade integra a programação da 6ª Mostra Internacional Mundo Árabe de Cinema e conta com fotografia, exibição de filmes, debates e conferências que refletem sobre os últimos acontecimentos políticos no mundo árabe, com ênfase na Tunísia e Egito. Confira também uma entrevista com Demétrio Portugal, diretor da Matilha e curador da exposição.Está em cartaz na Matilha Cultural a mostra “Expressões da Revolução”, que promove uma reflexão sobre os processos revolucionários em andamento no Oriente Médio. A mostra reúne diferentes fotógrafos e manifestações artísticas do Egito e Tunísia. O resultado poderá ser visto até 26 de junho. A mostra reúne fotos do tunisiano Hamideddine Bouali, reconhecido por exposições individuais e coletivas, e trabalhos publicados em jornais da Tunísia, além de ser vencedor de vários prêmios locais e internacionais, incluindo o prêmio Medalha de Ouro na Exposição Internacional de Fotografia de Bagdá, em 1996. Na exposição “Revolução na Tunísia: primeiro passo”, Bouali retrata o desenvolvimento dos protestos no país que iniciou a onda revolucionária que se alastrou pelos países árabes.Bouali também integra o "Game Over", um projeto de exibições e debates com artistas da Tunísia organizado pela Planet Art eXchange (www.pax.so), organização baseada no Reino Unido, sobre estratégias de resistência para defender as aspirações reais da revolução tunisiana. O projeto reúne o trabalho de 4 artistas revolucionários  – Wassim Ghozlani, Sameh Arfaoui, Amine Landoulsi, Hamideddine Bouali e intervenção do Pr. Amira Aleya,  professor de história nacional na Universidade Manuba, da Tunísia.No dia 24 de julho, das 19h30 às 20h45, acontece ainda uma teleconferência com Amira Aleya Sghaier, parte do projeto "GAME OVER" em parceria com a Matilha, pelo Planet Art eXchange.  Outra novidade é "Tahrir!", exposição fotográfica que esteve em cartaz em abril na Galeria de Fotos da Universidade Americana do Cairo. O projeto reúne imagens de 20 fotógrafos com registros de momentos que do Egito desde 25 de janeiro, o primeiro dos protestos que derrubaram o ditador Mubarak.  Os fotógrafos  participantes são Amr Abdallah, Ahmed Abdel Latif, Nabeela Akhtar, Roger Anis, Omair Barkatulla, Fady Ezzat, Ashraf Foda, Ramy Georgy, Thomas Hartwell, Ahmed Hayman, Iman Helal, Mohamed Helal, Magdy Ibrahim, Mahmud Khalid, Heba Khalifa, Mohamed El Maymouny, Gehan Nasr, Randa Shaath, Lobna Tarek e Doha Al Zohairy.Permanecem na galeria as fotos compiladas e feitas por Maya Gowaily, uma jovem egípcia que lidera um projeto para documentar o graffiti feito para a revolução, além de stencils e lambes, em cartaz desde o inicio da exposição. Arte em vídeo e documentários sobre o Egito e toda revolução, também compõem essa etapa.  Entre os dias 21 a 24 de junho, a Matilha exibirá também filmes da 6ª Mostra Internacional Mundo Árabe de Cinema. O ingresso do cinema é colaborativo, ou seja, aceita contribuições de quem puder fazê-las. Veja a programação completa da Mostra aqui http://www.mundoarabe2011.icarabe.org/calendario.htmA Matilha Cultural fica na Rua Rego Freitas, 542, Centro, São Paulo (www.matilhacultural.com.br). Confira abaixo uma entrevista com Demétrio Portugal, diretor de projetos da Matilha e curador da exposição, sobre arte e sua relação com os acontecimentos políticos mais recentes no mundo árabe.A Matilha Cultural realiza atualmente a mostra "Expressões da Revolução", cujo objetivo é debater as recentes mobilizações populares no Egito e Oriente Médio. Por que o interesse por essa temática? De que forma a Matilha, como espaço cultural, se relaciona a esse tipo de debate?A temática do Oriente Médio e do Norte da África está relacionada ao debate da questão do "poder de mudança" que o povo tem e a dignidade de fazê-lo por meios pacifistas e em prol dos direitos humanos e dos cidadãos - colocando questões religiosas, étnicas e de classe em segundo plano. É um choque moral, enfim, que revelou uma ditadura sincronizada com interesses internacionais de países que também se apropriam das palavras "democracia" e "liberdade" para atuar de forma gananciosa e opressora.O fato de propormos o relacionamento com as manifestações de arte e ativismo dessa região, além de ser necessário para um centro cultural independente que imaginamos para os dias de hoje, acabou demandado uma formato próprio de exposição para valorizar o "processo" e a relação entre iniciativas culturais. É um processo de geração de conteúdo, confiança, construção de rede de contatos e troca entre culturas num dos momentos mais transformadores de uma sociedade que, no caso do Egito, representa também uma das civilizações mais antigas do mundo. A "Expressões Revolucionárias", portanto, é o reflexo e o compartilhamento de toda essa experiência.A mostra Expressões da Revolução não é a primeira atividade realizada pela Matilha sobre temas relacionados ao mundo árabe e nem a primeira parceria com o ICArabe. Como a Matilha enxerga essa aproximação? Quais são os pontos em comum que existem entre as duas instituições?O ICArabe é uma parceria que iniciou por intermédio da Oboré, que já era parceira da Matilha em alguns projetos desde que abrimos ao público há 2 anos atrás. Por isso, estamos falando algo que é maior do que uma relação institucional, é uma afinidade de articulação entre nossos parceiros e objetivos. Quando olhamos para o mundo o ICArabe são nossos principais olhos para o mundo árabe, seus conflitos, belezas e particularidades. Isso porque compartilhamos visões e ações em prol dos direitos humanos, da mulher e da criança além de diversos outros pontos.Quem são os/as frequentadores/as habituais da Matilha e de que forma esse público tem participado da mostra Expressões da Revolução? Qual tem sido o retorno dado pelos frequentadores?A Matilha possui uma programação muito variada, logo é natural q trabalhemos com um público bastante diverso. Enquanto estivermos assim é sinal de que estamos representando aqui dentro o mundo que existe fora da Matilha, onde diversas classes sociais, estilos de vida e pensamentos convivem constantemente. Além da nossa programação, o próprio encontro entre essa diversidade de pessoas faz parte da atmosfera que nos caracteriza.Qual a importância em discutir questões como as revoltas no mundo árabe no Brasil?As transformações do mundo árabe refletem muito um empoderamento das pessoas (do povo) para conquista de interesses comuns e também para a mudança dos rumos do seu país, a mesma forma de indignação e método de ação se espalhou por mais de uma dezenas de países árabes e entrou na Europa pela Espanha. Mesmo antes disso, já existiam movimentações por descontentamento na Grécia, Inglaterra, França e etc. Não acredito que os brasileiros estejam muito felizes com seus políticos e os caminhos do nosso país - como o novo código florestal, o alagamento das reservas indígenas pela Belo Monte e a política energética nuclear brasileira, para citar alguns exemplos. É uma questão de tempo para as movimentações ganharem força por aqui, a Matilha está fazendo a sua parte na ativação do público através da conscientização, falando abertamente sobre os temas que, de certa forma, são tabus.A Matilha é um espaço cultural independente. Você enxerga a organização de atividades como essa uma forma de resistência cultural?Sim, ao nosso ver é claramente uma manifestação de resistência pela cultura, porém muito da nossa programação é "ternura", pois não se pode perdê-la jamais.Como é feito o contato com artistas e intelectuais para a exibição de suas obras na Matilha?Através do contato@matilhacultural.com.br 

A atividade integra a programação da 6ª Mostra Internacional Mundo Árabe de Cinema e conta com fotografia, exibição de filmes e debates. Esta semana (24/6), o destaque é a realização de uma conferência sobre os últimos acontecimentos políticos no mundo árabe, com ênfase na Tunísia e Egito e, na sequência, exibição do filme Fora da Lei.

Ter, 21/06/2011 - 04:44

 

Título de Cidadã Paulistana para Marcia Camargos A escritora Marcia Camargos, ganhadora dos prêmios Jabuti e Livro do Ano de 1998, receberá o Título de Cidadã Paulistana, na Câmara Municipal de São Paulo, por iniciativa do vereador Eliseu Gabriel. A jornalista e escritora atua reconhecidamente no resgate da memória cultural da cidade, prestando, inclusive, consultoria histórica para duas minisséries da TV Globo. ‘‘Marcia é uma pesquisadora que contribui amplamente a favor da nossa cultura e história, tão esquecida nos dias de hoje. É o tipo de postura que devemos incentivar e, por isso, resolvi conceder esse título’’ explica o vereador Eliseu Gabriel. Marcia é biógrafa do maior escritor infantil brasileiro, Monteiro Lobato. Ela relatou momentos importantes da história paulistana em livros, como o ‘‘Villa Kyrial: crônica da Belle Époque paulistana,’’ tema defendido na USP durante o doutorado. Essa profissional também integra o Conselho Editorial da Expressão Popular, que incentiva e produz livros a baixo custo para movimentos sociais. Membro do Icarabe, também participa da Frente de defesa do Povo Palestino.  A homenagem será entregue no dia 17 de junho, às 19h00, no Salão Nobre da Câmara Municipal de São Paulo, Viaduto Jacareí, nº 100, 8º andar. Receber este título é uma honra enorme, que se torna ainda maior por ter sido proposta por alguém que, assim como o nosso mestre Florestan Fernandes, que até hoje nos inspira, teve sua vida e militância política pautadas na defesa da educação e no combate às injustiças sociais. Apesar do respeito e da estima que tenho pela minha mineiridade, creio que a melhor coisa que meus pais fizeram foi terem saído de Minas e vindo para a capital paulista, pois escapei de uma ambiente naquela época sufocante e restritivo. São Paulo, por sua vez, pode se tornar surpreendentemente calorosa e acolhedora para os que não se deixam aniquilar pela sua grandeza. Muito cedo eu aprendi que, na minha nova cidade, eu precisava decifrar o enigma para não ser devorada. E por meio dos livros, que fui lendo e depois escrevendo sobre a sua história cultural, Monteiro Lobato, Semana de 22, modernismo, Teatro Municipal e Pinacoteca, consegui ir desconstruindo a imensidão na qual as massas anônimas se perdem para encontrar o equilíbrio na elegância discreta de suas meninas, atravessando com segurança a esquina da Ipiranga com a avenida São João. Espero, portanto, continuar merecendo a confiança deste lugar que recebeu a mim e à minha família, onde desenvolvi minhas atividades e minha atuação política. Uma cidade que desde sempre adotei como minha e que agora, oficialmente, com este título, me acolhe como uma de suas filhas legítimas".  Flip:Mesa 2 : Marco zero modernista - debate com Gonzalo Aguilar às 15 horas do dia 7, quinta-feira na Tenda dos Autores Debate com Gonzalo Aguilar Gonzalo Aguilarm o espírito futurista e as contradições político-estéticas que eclodiram com a urbanização do país. Pesquisadores de nossa modernidade histórica e literária mostram as múltiplas facetas do poeta nativista que escreveu painéis romanescos e romances cubistas. 

A escritora Marcia Camargos, ganhadora dos prêmios Jabuti e Livro do Ano de 1998, e colaboradora do ICArabe, recebeu o Título de Cidadã Paulistana, na Câmara Municipal de São Paulo, por iniciativa do vereador Eliseu Gabriel.

Ter, 21/06/2011 - 04:31

 

Mulheres assumem o volante na Arábia Saudita(AFP) – há 3 diasRIAD — As sauditas atenderam timidamente nesta sexta-feira à convocação feita por militantes para desafiar a proibição de dirigir imposta às mulheres, assumindo o volante nas cidades do reino sem incidentes maiores.Segundo os organizadores da campanha Women2drive, 42 mulheres no total enfrentaram a proibição, e apenas uma delas cometeu uma infração, enquanto outras duas foram escoltadas para suas casas por agentes da polícia.Mas nenhuma prisão foi registrada, o que parece ser uma indicação da disposição das autoridades de não se oporem com o uso da força a esse movimento no reino ultraconservador, único país do mundo onde as mulheres não têm o direito de dirigir.Os correspondentes e fotógrafos da AFP não viram mulheres dirigindo, mas vários testemunhos foram difundidos nas redes sociais, incluindo vídeos de mulheres ao volante no Youtube."Voltamos do supermercado. Minha mulher decidiu começar o dia pegando no volante na ida e na volta", escreveu em sua conta no microblog Twitter Tawfiq Alsaif, um editorialista."É um direito das mulheres que nenhuma lei, nenhuma religião proíbe (...) Eu saí para obter meu direito" de dirigir, declarou à AFP Maha al-Qahtani, que dirigiu pelas ruas de Riad durante 45 minutos.Seu marido Mohammad al-Qahtani, presidente da Associação saudita dos Direitos Civis e Políticos, que a acompanhou, indicou no Twitter que ela estava "preparada para ir para a prisão sem medo".Azza al-Chamassi, uma empresária de Riad e mãe de três filhos, declarou à AFP que assumiu o volante na capital sem ser importunada pela polícia, mobilizada nas principais vias da cidade."Levei minhas duas gêmeas, de seis anos, e comprei doces para elas", disse. "Tive medo, mas se todas as mulheres começarem a dirigir, ficarei tranquila", disse.A campanha Women2drive, iniciada há dois meses nas redes sociais, deve continuar "até a publicação de um decreto real que autorize as mulheres a dirigir", destacou a página dos organizadores no Facebook.As mulheres são chamadas a agir individualmente, ao contrário de uma carreata celebrada em 1990, na qual as participantes foram detidas.O ícone da campanha desta sexta-feira foi Manal al Sharif, uma jovem especialista em informática, libertada em 30 de maio após ter permanecido detida por duas semanas por ter desafiado a proibição de dirigir e publicar no site Youtube um vídeo no qual aparecia ao volante.Em um comunicado, a Anistia Internacional pediu às autoridades que "parem de tratas as mulheres como cidadãos de segunda classe e abram as vias do reino às motoristas"."Não permitir que as mulheres assumam o volante é um imenso entrave a sua liberdade de movimento e limita sua capacidade de realizar suas atividades cotidianas, como ir ao supermercado ou levar seus filhos à escola", acrescentou a ONG.Nenhuma lei proíbe as mulheres de dirigir. No entanto, as autoridades se fundamentam em um pronunciamento religioso (fatwa), promulgado no reino, cujas leis são inspiradas em uma interpretação rigorosa do Islã, e invocam a oposição dos religiosos e dos meios conservadores para manter a proibição.Para se deslocar, as mulheres sauditas precisam contratar um motorista e, se não tiverem recursos, dependem da boa vontade dos homens da família.

As sauditas atenderam timidamente na sexta-feira, 17/6, à convocação feita por militantes para desafiar a proibição de dirigir imposta às mulheres, assumindo o volante nas cidades sem incidentes.

Ter, 21/06/2011 - 04:18

 

6ª Mostra Mundo Árabe de Cinema em cartaz A abertura da Mostra aconteceu na noite de 16 de junho e contou com a presença dos organizadores, de autoridades e apreciadores do cinema árabe. A sala do CineSESC ficou lotada para a exibição do filme egípcio Microphone.  O saguão do CineSESC ficou pequeno para as dezenas de pessoas que prestigiaram a abertura da 6ª Mostra Mundo Árabe de Cinema. A atividade aconteceu na noite de quarta-feira, 16 de junho, e contou com a presença de diretores do ICArabe, representantes do CineSESC, Centro Cultural São Paulo, autoridades e demais interessados em conhecer os mais novos expoentes do fervilhante cinema árabe da atualidade. Para abrir a Mostra, foi exibido o filme egípcio Microphone (2009), segundo filme do diretor Ahmed Abdallah.  Microfone mistura ficção e cinema verdade para contar a história de um egípcio expatriado que regressa à antiga cidade de Alexandria, onde mergulha em um cenário inusitado ligado à música. Além da exibição do filme, a abertura contou ainda com coquetel e falas de apresentação de Soraya Smaili, diretora cultural e científica do ICArabe, Gilson Packer, manager do CineSESC, Jailan Abbas, segunda secretária da Embaixada do Egito em Brasília, Rubens Hannun, cônsul honorário da Tunísia em São Paulo e Ricardo Resende, diretor do Centro Cultural São Paulo.  Soraya Smaili explicou que a mostra Mundo Árabe de Cinema deste ano apresentará ao público de São Paulo 15 filmes, sendo 14 inéditos no Brasil, a maioria de diretores e diretoras jovens e que representam 10 dos 22 países árabes, e toda a diversidade existente nessas sociedades. “São filmes que foram cuidadosamente escolhidos para representar os momentos que antecederam os acontecimentos do Mundo Árabe da chamada Primavera Árabe. Ajudam-nos a entender o que buscam os jovens, mulheres e homens árabes, que não é muito diferente do que todos os seres preconizam: a liberdade de expressão, o desejo de uma sociedade mais justa, o direito ao trabalho e à dignidade humana. Os filmes também mostram como o tradicional se depara com o moderno por meio de um cinema novo, inventivo e atual”, disse.  Soraya ressaltou também que a Mostra Mundo Árabe de 2011 é marcada uma curadoria internacional, da tunisiana Dora Bouchoucha e de Nágila Guimarães, por trazer um número maior de filmes inéditos e premiados internacionalmente, e por reunir novos parceiros em outras capitais brasileiras. “Trata-se de um momento especial, com filmes intrigantes que contribuem para o conhecimento e, portanto, para a aproximação das realidades e identidades culturais na construção da sociedade contemporânea", completou. Gilson Packer, do CineSESC, observou que os objetivos da Mostra vão de encontro aos do CineSESC, e por isso o evento segue sendo realizado e cediado pela entidade. “Nossa ação cultural privilegia a questão das diversidades no sentido mais amplo e geral. Ficamos bem felizes quando temos acesso e conseguimos ofertar essas obras para a nossa plateia. É uma oportunidade bem bacana”, declarou. Michel Sleiman, presidente do ICArabe, acredita que o Instituto, ao promover a sexta edição da Mostra Mundo Árabe de Cinema, confirma a sua vocação inicial de ser uma casa brasileira disposta a pensar a cultura dos países árabes e seus vínculos com os demais. “A vinda desses filmes confirma que os árabes não estão sós. Todo mundo quer saber deles e isso é muito bom. Cada vez mais o cinema árabe consegue chamar a atenção das pessoas para os seus problemas, é importante para vermos que nossos problemas não são tão diferentes afinal”, refletiu.  Ricardo Resende, diretor do CCSP, afirmou durante a abertura que “novamente o Centro Cultural São Paulo cumpre seu papel de, junto com o Cinesesc, trazer mais opções para o caldeirão cultural que é a cidade de São Paulo”.  Jailan Abbas explicou que a embaixada do Egito contribuiu com a Mostra ao ajudar a trazer os filmes. Para ela, a Mostra é importante pois o cinema é o melhor embaixador que existe para divulgar a cultura de um país. “Os filmes tocam as pessoas e deixam suas marcas em suas memórias para sempre. Estou muito orgulhosa dos filmes que serão exibidos”, disse, animada. Para Rubens Hannun, a importância da Mostra é muito grande, tanto para a Tunísia, que participou de todas as edições, quanto para a divulgação da cultura árabe em geral. “ A Mostra vai aos poucos disseminando a cultura, eliminando preconceitos, e mostra também a riqueza dos países, que é uma coisa impressionante. Espero que a Mostra continue a existir por muitos anos e que a Tunísia participe de todas”, afirmou o cônsul honorário da Tunísia em São Paulo. Já Eduardo Elias, da Fearab (Federação de Entidades Árabe Brasileiras do estado de São Paulo), defendeu que os árabes exponham cada vez mais sua cultura em acontecimentos como a Mostra. “É nosso dever mostrar que, primeira coisa, nós não somos terroristas, nós somos resistentes, é diferente”, disse. Elias recomendou também que as próximas edições privilegiem a exibição de mais filmes de total produção dos países árabes, em detrimento das co-produções. “É a sexta semente, é um longo caminho. Os países árabes sempre atraíram a atenção do ocidente, agora mais do que nunca”, completou. Raul Fajuri, da revista Chams saudou a realização da Mostra e completou: “a cultura árabe se perdeu quando faleceram os últimos intelectuais nos anos 1970, imigrantes sírios e libaneses, que falavam e escreviam correntemente o português e o árabe. Esse grupo agora do ICArabe e da USP está reerguendo outra vez essa chama. Parabéns”.  Majd Al Shara, diretora do Centro Cultural Árabe Sírio, também parabenizou os organizadores pela força que fazem para mostrar a cultura árabe. “O cinema é a melhor coisa que reflete a cultura do país, eles mostram a verdadeira vida do povo árabe, estão transferindo a cultura de lá para cá, é um quadro real da cultura árabe que está presente aqui”, afirmou.   Para Tammam Daaboul, do Portal Arabesq, o cinema reflete muito a realidade das condições sociais das nações árabes, que são muito diversas e diferentes daquelas que são retratadas atualmente no mundo ocidental. “Através do cinema nós temos uma grande oportunidade de transmitir essa realidade. É a primeria que temos um evento anual programado de mostra de cinema, ajudando a desmistificar um pouco a sociedade árabe e a aproximar cada vez mais os dois pólos culturais, Brasil e mundo árabe”.  Sobre a 6ª Mostra Mundo Árabe de Cinema  Realizada pelo ICArabe (Instituto da Cultura Árabe), em parceria com o Sesc-SP (Serviço Social do Comércio), Prefeitura Municipal de São Paulo, Cinemateca Brasileira e Casa Árabe de Espanha, a Mostra acontece entre 16 e 29 de junho. As exibições de filmes acontecem em algumas das principais salas de São Paulo: CineSESC (16 a 23/6), Centro Cultural São Paulo (17 a 26/6), Cinemateca (21 a 29/6) e Matilha Cultural (21 a 25/6). Neste ano, a mostra acontece também em Brasília e Belo Horizonte. Serão apresentados 15 filmes de diversos países como Tunísia, Egito, Síria, Emirados Árabes, Iraque, Argélia, Marrocos, Palestina, entre outros. As produções foram selecionadas pela brasileira Nagila Guimarães e pela tunisiana Dora Bochoucha, que optaram por incluir no circuito filmes que representassem como fidelidade as particularidades de seus países de origem, mas sem pretender o isolamento.  Para o encerramento da Mostra, será realizado, no dia 29 de junho, às 20h30, na Cinemateca, um encontro com a produtora Lina Menzil e a diretora Rafa Amari, do filme Segredos Enterrados, após sua exibição. O encontro contará também com a presença da curadora Nágila Guimarães, da Diretora Cultural do ICArabe, Soraya Smaili, e mediação de Aimar Labaki. As convidadas abordarão a situação atual da Tunísia após o levante que ocorreu no início deste ano, a arte de fazer cinema no Mundo Árabe e a relação entre as produções árabes atuais e o mercado cinematográfico. A 6ª Mostra Internacional Mundo Árabe de Cinema, conta com o apoio cultural da Embaixada da Argélia, Embaixada do Egito, Embaixada do Marrocos, Embaixada da Síria, Embaixada da França no Brasil, Consulado Geral da França em São Paulo, Cinemateca da Embaixada da França, Centro Cultural da Espanha em São Paulo, Centro Cultural Banco do Brasil, Revista Chams, Associação dos Amigos da Cinemateca e Oboré Projetos Especiais em Comunicações e Artes.  O site da 6ª Mostra Internacional Mundo Árabe de Cinema já está no ar. Veja aqui a programação completa, sinopses dos filmes e demais informações. 

A abertura da Mostra aconteceu na noite de 15 de junho e contou com a presença dos organizadores, de autoridades e apreciadores do cinema árabe. A sala do CineSESC ficou lotada para a exibição do filme egípcio Microphone. 

Sex, 17/06/2011 - 13:29

 

A Mostra Mundo Árabe de Cinema de 2011 acontece em uma conjuntura particular. É um momento da vida do planeta em que o intercâmbio entre as culturas torna-se cada vez mais importante, pois a política global está se movendo lentamente para novos caminhos. Neste momento, o cinema, quando feito de maneira independente ou menos limitada pelo modelo homogeneizador de mercado, se revela como importante instrumento de mediação da diversidade cultural. As histórias do cinema são fruto das visões de mundo de seus realizadores, homens e mulheres inseridos nesse contexto plural, que deve ser difundido para que permaneça vivo.Foram selecionados para esse programa filmes de nove países: Argélia, Egito, Emirados Árabes, Iraque, Jordânia, Líbano, Marrocos, Palestina e Tunísia. Esses foram escolhidos por mostrar as particularidades dos países de origem, mas sem pretender o isolamento. Os filmes falam de questões que são comuns e acabam por unir os povos do mundo inteiro por meio da emoção e da esperança. Revelam as tensões, mas também o que há de harmônico entre a singularidade e universalidade.A maioria é obra de uma nova geração de cineastas surgida nos últimos dez anos. Essas produções foram aclamadas pela crítica internacional e fizeram parte dos principais festivais mundiais – Cannes, Sundance, Toronto, Veneza e Berlim. Alguns dos filmes atingiram grande sucesso de bilheteria em seus países, como Microfone (2010) e Um a zero (2009). O primeiro deles, de Ahmad Abdallah, é primeiro egípcio a receber o prestigioso prêmio “The Golden Tanit” do festival de 2010 em Cartago. Será uma oportunidade para o público brasileiro conhecer esses trabalhos e outros como Caindo por terra (2008), de Chadi Zenedine, uma poesia em movimento e imagens lamentando e buscando a pátria perdida de um diretor; e Cidade da vida (2009), de Ali Mostafa, primeiro filme dos Emirados Árabes a ser distribuído nacional e internacionalmente. E ter acesso a obras de nomes como os diretores Mohamad Al Daradji, de Filho da Babilônia (2009), nomeado em 2010 pela Revista Variety como “Cineasta do Ano do Oriente Médio”; Joud Said, de Outra vez (2009), o mais jovem sírio a concluir um longa-metragem; e Kamal Aljafari, de Porto da memória (2009), cineasta e artista visual internacionalmente reconhecido pelos trabalhos que conciliam documentário e ficção. Poderão ser vistas ainda Mascarades (2008), de Lyès Salem, longa-metragem argelino que trata dos interesses particulares ofuscados pelos costumes tradicionais, assim como What a Wonderful World (2006), premiado segundo longa do diretor, ator, escritor e artista plástico Faouzi Bensaïdi; Casanegra (2008), de Nour-Eddine Lakmari, que revela o Marrocos a partir de questões sociais como a pobreza, a prostituição, a homofobia, as drogas e a violência; e Fora da lei (2010), de Rachid Bouchared, indicado ao Oscar 2011 de melhor filme estrangeiro.As mulheres também têm forte presença nessa mostra. Da tunisiana Raja Amari será exibido Segredos enterrados (2009), que concorreu nos festivais de Veneza e Abu Dhabi. De Kamla Abu Zekri, Um a zero, campeão de bilheteria no Egito e festivais internacionais. Além de Todo dia é feriado (2009), o primeiro e brilhante longa-metragem de Dima El Horr que mistura política e surrealismo. Dentre os documentários, VHS Khaloucha (2006), de Néjib Belkadhi, a história hilária de um cineasta amador que produz longas-metragens em VHS; e Reciclar (2007), de Mahmoud Al Massad, que revela o ambiente social gerador de terroristas e imigrantes.A Mostra Mundo Árabe buscará transportar as audiências ao coração do mundo árabe, de onde diariamente recebemos notícias, embora a história desse povo ainda permaneça relativamente desconhecida ou fragmentada ao chamado “ocidente”. Por meio do cinema, o Instituto da Cultura Árabe, juntamente com seus parceiros tradicionais, como a Secretaria da Cultura do Município de São Paulo e Sesc-SP (Serviço Social do Comércio) visa, mais uma vez, esclarecer a vida cotidiana, mas também os eventos históricos daquela região. Conta com o apoio da Casa Árabe de Espanha, da Cinemateca Brasileira e com a parceria inédita das curadoras Dora Bouchoucha e Nagila Guimarães. Trata-se de uma mostra internacional que, a partir de São Paulo, seguirá para Brasília e Belo Horizonte. Assim, pretende fornecer maior possibilidade de intercâmbio entre os cineastas e o público brasileiro e abrir uma janela para que a cultura árabe possa ser vista sob um olhar mais reflexivo e menos preconceituoso, tornando o diferente mais conhecido e, portanto, muito mais próximo.Os organizadoresA 6ª Mostra Mundo Árabe de Cinema 2011 é uma realização do Instituto da Cultura Árabe (ICArabe),Sesc-SP (Serviço Social do Comércio), Secretaria Municipal da Cultura (Prefeitura de São Paulo),Cinemateca Brasileira e Casa Árabe de Espanha.

A Mostra Mundo Árabe de Cinema de 2011 acontece em uma conjuntura particular. É um momento da vida do planeta em que o intercâmbio entre as culturas torna-se cada vez mais importante, pois a política global está se movendo lentamente para novos caminhos.

Qui, 16/06/2011 - 21:20

 

6ª Mostra Mundo Árabe de Cinema acontece em junho Atividade reúne filmes de diversos países, com foco na produção de diretores jovensO ICArabe (Instituto da Cultura Árabe), em parceria com o Sesc-SP (Serviço Social do Comércio), Prefeitura Municipal de São Paulo, Cinemateca Brasileira e o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), realiza na capital paulista, entre 17 e 29 de junho, a 6ª Mostra Mundo Árabe de Cinema.Nesta edição, serão apresentados 15 filmes de diversos países como Tunísia, Egito, Síria, Emirados Árabes, Iraque, Argélia, Marrocos, Palestina, entre outros. As produções foram selecionadas pela brasileira Nágila Guimarães e pela tunisiana Dora Bochoucha, que optaram por incluir no circuito filmes que representassem como fidelidade as particularidades de seus países de origem, mas sem pretender o isolamento. Os filmes falam a cada uma dessas nações, mas unem os povos do mundo inteiro por meio da emoção e da esperança. Revelam as tensões, mas também o que há de harmônico entre a singularidade e universalidade.Alguns dos dezessete filmes foram produzidos de uma nova geração de cineastas que surgiu nos últimos dez anos. Essas obras foram aclamadas pela crítica internacional e fizeram parte dos principais festivais mundiais - Cannes, Sundance, Toronto, Veneza e Berlim. Alguns dos filmes atingiram grande sucesso de bilheteria em seus países, como os egípcios Microfone e Um a Zero.Será uma oportunidade de conhecer trabalhos como Caindo por Terra (2008), de Chadi Zenedine, e nomes como Mohamad Al Daradji, diretor de Filho da Babilônia (2009), aclamado em 2010 pela Revista Variety como o Cineasta do Ano do Oriente Médio. Há também produções como Cidade da Vida (2009), de Ali Mostafa, primeiro filme dos Emirados Árabes a ser distribuído nacional e internacionalmente, Outra Vez (2009), de Joud Said, o mais jovem diretor sírio a concluir um longa-metragem e Microfone (2010), de Ahmad Abdallah, primeiro filme egípcio a receber o prestigioso prêmio The Golden Tanit do festival de 2010 em Cartago. Os filmes What a Wonderful World (2006), premiado segundo longa-metragem do diretor, ator, escritor e artista plástico Faouzi Bensaïdi, Casanegra (2008), de Nour-Eddine Lakmari, que revela o Marrocos a partir de suas questões sociais como a pobreza, a prostituição, o preconceito contra a homosexualidade, as drogas e a violência e Fora da Lei (2010), de Rachid Bouchared, filme indicado ao Oscar 2011 de melhor filme estrangeiro, também serão exibidos. As mulheres também marcam forte presença nesta mostra. Da tunisiana Raja Amari será exibido Segredos Enterrados (2009), seu segundo longa-metragem que participou das competições dos festivais de Veneza e Abu Dhabi. De Anne-Marie Jacir apresentamos Salt of this Sea (2008), seu primeiro longa-metragem e segundo trabalho de estréia no festival de Cannes. E também Um a Zero(2009), de Kamla Abu Zekri, campeão de bilheteria no Egito e festivais internacionais, Todo Dia é Feriado(2009), o primeiro e brilhante longa-metragem de Dima El Horr, que mistura política e  surrealismo e Câmeras Abertas (2009), de Mayson Pachachi, cineasta iraquiana que já teve vários documentários premiados e é co-fundadora do Independente Film & Television College, um centro gratuito de formação de cinema em Bagdá. Além de Câmeras Abertas,  a Mostra exibirá mais dois documentários. VHS Khaloucha (2006), de Néjib Belkadhi, a história hilária de um cineasta amador que produz longa-metragens em VHS. Reciclar (2007), do diretor Mahmoud Al Massad, que revela o ambiente social gerador de terroristas e imigrantes.  No dia 29 de junho, encerramento da Mostra, está previsto também um encontro com as curadoras. Elas falarão sobre a situação atual da Tunísia pós-levante, que ocorreu no início deste ano, e trarão do mercado cinematográfico naquele país.  As exibições acontecem em algumas das principais salas da cidade: CineSesc (17 a 23/6), Centro Cultural São Paulo (17 a 26/6) e Cinemateca (21 a 29/6). Neste ano, a mostra acontece também em Brasília e Belo Horizonte.A 6ª Mostra Mundo Árabe de Cinema, conta com o apoio cultural de diversas instituições, e pretende fortalecer o intercâmbio entre os cineastas e o público dos diferentes países e abrir uma janela para que outras culturas possam ser vistas sob um olhar mais reflexivo e menos preconceituoso, tornando o diferente mais conhecido e menos assustador.    Em breve, o site do ICArabe disponibilizará a programação completa da 6ª Mostra Mundo Árabe de Cinema. 

A sexta edição da Mostra organizada anualmente pelo ICArabe reunirá filmes de diversos países e enfocará a produção de diretores jovens. A abertura acontece no dia 15 de junho, no CineSESC. O site da Mostra já está no ar, confira todas as informações aqui.

Qui, 16/06/2011 - 20:22

 

Consulado Geral do Brasil em Beirute divulga cultura brasileira no LíbanoEntre as principais atividades de integração, voltadas a uma comunidade de cerca de 10 mil brasileiros residentes no país, estão ações em redes sociais e projeções de filmes no Centro Cultural Líbano-Brasil. Atualmente, vivem no Líbano cerca de 10 mil brasileiros. As relações culturais entre os dois países são históricas, e têm se fortalecido por meio de diversas ações promovidas pelo Consulado Geral do Brasil no Líbano. Para falar sobre essas ações e seus objetivos, o ICArabe enviou as perguntas que compõem a entrevista abaixo, respondidas em conjunto pelos diplomatas lotados no Consulado Geral em Beirute. Quais são as principais atividades que o Consulado Geral do Brasil no Líbano tem realizado para divulgar a cultura brasileira no país? Dentre as principais atribuições do Consulado-Geral em Beirute figura a relevante questão de atender às reivindicações e demandas apresentadas pela numerosa Comunidade de nacionais brasileiros em solo libanês, estimada em cerca de 10.000 compatriotas. Naturalmente, as demandas de natureza cultural ocupam importante espaço nessa agenda de serviços prestados e/ou a serem atendidos pelo Consulado-Geral, tendo em vista que muitos de nossos compatriotas aqui residentes, ainda que muito bem integrados à sociedade libanesa, desejam também manter ativos seus vínculos culturais com o Brasil. Iniciativas nesse sentido vêm sendo desenvolvidas em anos recentes, muitos das quais em parceria com os membros do Conselho de Cidadãos em Beirute, que nos apresentam regularmente sugestões de ações a serem empreendidas em prol da Comunidade. Muito provavelmente, o exemplo mais emblemático dessa modalidade de colaboração intracomunitária está bem representado pelo admirável trabalho desempenhado, sempre de forma voluntária, por membros da Comunidade no "Projeto Alecrim Líbano", em Baalbeck, no Vale do Bekaa, na tarefa de tentar preservar a identidade cultural nacional de crianças brasileiras e bi-nacionais líbano-brasileiras, por meio de atividades lúdicas e educacionais.  A colônia brasileira é muito forte no Líbano, assim como nosso país tem recebido diversos imigrantes vindos deste país. De que forma as atividades culturais promovidas pelo Consulado fortalecem essas relações? A cultura (a língua, os hábitos, os costumes, a história) é a base da identidade de um povo. Portanto, o intercâmbio cultural permite o conhecimento mútuo entre dois (ou mais)  povos - intecâmbio esse que não somente facilita como permeia as relações de toda natureza - econômicas, financeiras, comerciais e políticas - entre os diferentes povos. Ao promover atividades culturais no Líbano, com o objetivo precípuo de manter viva não só a nossa língua - o português - como também as nossas tradições, costumes e hábitos junto à diáspora brasileira, o Consulado Geral está, sem dúvida, contribuindo para o fortalecimento das relações bilaterais libano-brasileiras.      As atividades são voltadas mais para brasileiros que vivem no Líbano ou para libaneses interessados em conhecer nossa cultura? Qual é o público alvo das atividades? O trabalho de natureza cultural desenvolvido pelo Consulado-Geral dirige-se apenas aos nacionais brasileiros, com o intuito de que estes mantenham seus laços bastante estreitados com o nosso país. Já o trabalho de difundir a cultura brasileira a nacionais libaneses compete à Embaixada do Brasil em Beirute, que, coincidentemente, acaba de inaugurar um belíssimo Centro Cultural com essa finalidade na capital libanesa. Naturalmente, os membros da Comunidade também se beneficiarão das atividades desenvolvidas no Centro Cultural Líbano-Brasil, como já tem sido o caso das projeções semanais de filmes brasileiros, cuja programação teve início em maio último.    As ações do Consulado têm sido divulgadas por meio de portais na internet. Quais são e como funcionam? O Consulado-Geral, inaugurado em fevereiro 2006 (até então, o atendimento aos nacionais brasileiros era assegurado pelo Serviço Consular da Embaixada em Beirute), possui sítio eletrônico desde 2007, em que figuram de forma pormenorizada as informações de natureza consular. Entretanto, para poder melhor atender às demandas de interlocução com a Comunidade, decidiu-se, no âmbito das próprias reuniões do Conselho de Cidadãos, também trabalhar com a plataforma da rede social "facebook", tendo em vista o maior grau de informalidade e rapidez que esta modalidade de comunicação também logra proporcionar. Com esse objetivo, desde março último, o Consulado-Geral passou a administrar três páginas naquela plataforma, com objetivos distintos: uma de interlocução permanente com a Comunidade ("Consulado-Geral em Beirute Comunidade"), em que são divuldadas informações variadas de potencial interesse de nossos compatriotas em solo libanês; uma segunda, de cunho mais institucional e mais direcionada para as informações de natureza consular propriamente ditas ("Consulado-Geral do Brasil em Beirute"); e, finalmente, uma terceira, que objetiva divulgar as atividades do Conselho de Cidadãos Brasileiros ("Conselho de Cidadãos Brasileiros em Beirute").      Quais são as próximas atividades programadas pelo Consulado Geral do Brasil no Líbano? No âmbito do atendimento às mais recentes reivindicações dos membros da Comunidade, valeria mencionar a próxima organização de Consulado itinerante a localidades no Vale do Bekaa com forte concentração de nacionais brasileiros, como por exemplo Karaoun, Sultan Yacoub, Bar Elias, dentre outras, ocasião em que serão prestados serviços de natureza consular (emissão de documentos brasileiros, matrículas consulares e outras necessidades que se apresentem). Também nessa mesma linha de ação, o Consulado-Geral iniciará, creio que de forma algo inédita, o atendimento durante os "Domingos Consulares", ocasião em que a Repartição abrirá as suas portas em pleno fim de semana para atender aqueles que não podem comparecer em dias úteis.


Entre as principais atividades de integração, voltadas a uma comunidade de cerca de 10 mil brasileiros residentes no país, estão ações em redes sociais e projeções de filmes no Centro Cultural Líbano-Brasil. 

Qui, 09/06/2011 - 20:26

 

Livraria na internet promove idioma árabePrimeiro site de comércio eletrônico do Oriente Médio vende livros, cds e dvds relacionados à língua árabe Jinanne Tabra, iraquiana, criou o primeiro site de vendas on-line do Oriente Médio, movida pela própria dificuldade em aprender a língua árabe. Tabra cresceu na Escócia, e não tinha acesso fácil a brinquedos e outros tipos de instrumentos de aprendizado. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, publicada em 3 de junho, Tabra explicou que frequentava uma escola onde se falava inglês durante a semana, e aos fins de semana tentava aprender o árabe em uma escola criada em sua comunidade, mas percebeu ao longo dos anos que seu conhecimento do idioma não era o ideal. Assim, decidiu criar o Araboh (araboh.com), o primeiro site de vendas on-line da região do Oriente Médio, do qual atualmente é executiva-chefe.Segundo informações da Fundação Qatar, o site disponibiliza de 1.200 a 1.500 livros, a maior parte vendida para países de fora da região. Segundo a reportagem, "a executiva também diz que tenta trazer as ações de seu site para além do on-line e promove festivais relacionados à literatura em língua árabe".Fonte: Amanda Demetrio, Folha de São Paulo

Primeiro site de comércio eletrônico do Oriente Médio vende livros, cds e dvds relacionados à língua árabe.

Seg, 06/06/2011 - 22:01

O evento, organizado anualmente pelo ICArabe com parceiros, ocorre de 17 a 29 de junho e  reunirá filmes de diversos países , focando produções de diretores jovens. Veja os trailers de Casanegra, Reciclar, Caindo por terra, Microfone, Segredos enterrados e Todo dia é feriado.

Ter, 31/05/2011 - 19:19

 

A ABRI (Associação Brasileira de Relações Internacionais) oferecerá na programação do seu 3º Encontro Nacional minicursos para estudantes de pós-graduação e docentes. Entre os minicursos ofertados está o de tema "Ordem e Revolução no Oriente Médio", com Reginaldo Nasser, PUC SP.Professor do departamento de politica da PUC(SP)  coordenador do curso de Relações Internacionais da PUC(SP) 1999-2009, professor do Programa de Pós Graduação em Relações Internacionais(Unesp, Unicamp e PUC). Pesquisador responsável do Instituto Nacional de Estudos Sobre os EUA ( INEU). Bolsista Eramus (Universidade do Porto). Pesquisador do IPEA na área de DEfesa e Segurança. desenvolve pesquisa na área de Política Internacional com ênfase em Conflitos Internacionais, Segurança Internacional, terrorismo, Oriente Médio, e política externa dos Estados Unidos. O contexto atual no Oriente Médio nos incita a repensar um tema ainda pouco debatido nas relações internacionais, mas que mereceu a devida atenção de Fred Halliday, principalmente, em sua obra: Revolution and World Politics: The Rise and Fall of the Sixth Great Power. O propósito principal é restabelecer a centralidade da revolução social na formação da moderna ordem internacional: uma fonte de mudança histórica tão importante quanto as guerras. Para isso pretendemos explorar três temas principais conjugando debates teóricos com análise de conjuntura: como as revoluções no Oriente Médio podem afetar a segurança internacional, como essas alterações podem constituir-se em fontes de novas revoluções e a necessidade integrar as análises de movimentos de massa e estruturas sociais (locais e globais) nos estudos de segurança internacional.As inscrições estão abertas e podem ser feitas clicando aqui.Veja uma entrevista ao vivo com Reginaldo Nasser para o Jornal Hoje O Reginaldo gravou algumas aulas para o Jornal Hoje sobre o tema do terrorismo. Esta é a primeirahttp://g1.globo.com/videos/jornal-hoje/v/professor-reginaldo-nasser-explica-o-que-e-terrorismo/1498563/#/Edi%C3%A7%C3%B5es/20110502/page/1e uma entrevista ao vivohttp://g1.globo.com/videos/jornal-hoje/v/especialista-comenta-a-morte-de-osama-bin-laden/1498639/ Segue o  link da 2ª aula sobre Terrorismo dada pelo Prof. Reginaldo Nasser: http://g1.globo.com/videos/jornal-hoje/v/terrorismo-aula-2-do-professor-reginaldo-nasser/1513166/

A ABRI (Associação Brasileira de Relações Internacionais) oferecerá na programação do seu 3º Encontro Nacional um minicurso de tema "Ordem e Revolução no Oriente Médio", com Reginaldo Nasser. Veja também algumas aulas do professor sobre o tema do terrorismo, veiculadas pelo Jornal Hoje e Globonews.

Sex, 27/05/2011 - 11:52

Primeiro Ciclo de Cinema dedicado à América Latina acontece na USEK, em Beirute, de 16 a 20 de maio de 2011.

Sex, 20/05/2011 - 10:45

 

10 horas nas mãos da ocupação israelense A jornalista Soraya Misleh, Diretora de imprensa do ICArabe, relata o que passou com mais 3 brasileiros na fronteira entre Jordania e Israel. Mensagem vinda de um grupo de quatro brasileiros revela o totalitarismo utilizado pelo Estado de Israel para impedir que palestinos e descendentes retornem à sua terra de origem. Soraya Misleh, Hasan Zarif, Muhamad Kadri e Ibrahim Hammoud sairam do Brasil dia 14 para visitar seus familiares e aproveitaram para "apoiar as manifestações pacificas para lembrar o dia da nakba palestina e exigir o direito inalienavel de retorno do povo palestino", como explicam na mensagem. No dia 15, dia da Nakba, já estavam entre os refugiados palestinos na Jordânia e acompanharam os protestos e fizeram parte de uma grande cerco às fronteiras palestinas, ocupadas por Israel, e que foi reprimido com violência. Um jovem da Jordânia foi morto, causando revolta na população e nos campos de refugiados, e a expectativa é de que as manifestações prossigam nas fronteiras. Mais de dez manifestantes foram mortos no Líbano, nas mesmas celebrações da Nakba - que significa a catástrofe da expulsão do povo palestino promovida em 15 de maio de 1948 para dar lugar ao Estado de Israel . Detenção na fronteira Nesta segunda-feira, o grupo brasileiro tentou entrar na Palestina , mas foi barrado pelas forças da ocupação. "Ficamos sete horas sendo intimidados, isolados uns dos outros, ameaçados, sofremos tortura psicológica nos interrogatórios, privação, revistas no corpo e bagagens. Fomos tratados como verdadeiros criminosos", informam em sua mensagem. Soraya Misleh, jornalista da Ciranda e integrante do movimento, relata que os brasileiros ficaram horrorizados com a intolerância diante de manifestações pacíficas e o total desrespeito aos direitos das pessoas detidas. "Estou abalada e muito indignada", ela relata. "Nos intimidaram de todas as formas, durante horas seguidas". O grupo diz ter sentido na pele que "a criminalização dos movimentos sociais que tanto combatemos é uma prática comum por parte do Estado sionista" e que "vários brasileiros e brasileiras descendentes de árabes ou ativistas já passaram por essa situação inaceitável". Go back to Jordan! Os quatro brasileiros portarão agora um passaporte carimbado com a "entrada negada" ao Estado de Israel, o que na prática os impedirá de visitar parentes, amigos ou de participar de missões solidárias ao povo palestino. Além de causar-lhes outros constrangimentos em viagens internacionais, necessárias quando se trata de apoiar as causas de um povo expulso de seu próprio país. Soraya já esteve antes na Palestina, participando de atividades do Fórum Mundial de Educação, fazendo cobertura jornalística para a imprensa alternativa brasileira e do universo do Fórum Social Mundial. Os passaportes carimbados foram devolvidos sem qualquer explicação. Segundo o grupo, tudo que ouviram foi: Go back to Jordan! "Nos levaram até a saída e nos colocaram num onibus em que ficamos quase duas horas junto a um senhor de origem árabe, também banido". Durante esse tempo, não tiveram autorizacao para sair do local, novamente sem justificativa. "Ao todo, passamos quase dez horas sem comer e sem beber - tomamos um copo de água e duas bolachas após insistirmos muito e pressionarmos". Considerando que não é um caso isolado, já que "há diversos relatos de discriminação, sobretudo contra ativistas e cidadãos e cidadãs de origem árabe" e que os israelentes "jamais seriam tratados assim no Brasil", o grupo quer providências do governo brasileiro e pede ao movimento social que pressione por medidas para que " nenhum brasileiro passe novamente por isso". Nesta terça-feira, o grupo irá à embaixada brasileira de Amã denunciar os maus-tratos e abusos de que foram vítimas, exigindo do governo providências após a atitude arbitrária de Israel contra cidadãos brasileiros tratados como criminosos. Fonte: Ciranda Internacional da Informação Compartilhada


A jornalista Soraya Misleh, diretora de Imprensa e Divulgação do ICArabe, relata o que passou com mais três brasileiros na fronteira entre Jordânia e Israel.

Ter, 17/05/2011 - 21:32

 

Assembleia Legislativa de São Paulo realiza Sessão Solene em homenagem ao Dia do Islamismo A atividade contou com a participação das crianças da Sociedade Muçulmana de São Bernardo do Campo apresentando cantos islâmicos.  O Dia do Islamismo foi comemorado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo por meio de uma Sessão Solene na última sexta-feira (13). A iniciativa do deputado estadual Simão Pedro teve como objetivo reforçar a democracia com a abertura de um espaço para a comemoração da data e abordar os aspectos positivos desta cultura tão rica. “A religião muçulmana tem crescido muito nos últimos anos e está presente em diversos continentes. A troca de informações e culturas é fundamental para a construção da nossa sociedade”, disse o deputado. Representantes da Liga da Juventude Islâmica do Brás, membros da União Islâmica e da sociedade islâmica no Brasil, a ex-deputada Haifa Madi (autora da Lei que intitulou o 12 de maio como o Dia do Islamismo), Verônica Saifi (representante da mulher muçulmana do Brasil), Ahmad Abdul Ghani El Hayel (mais velho membro da sociedade Islâmica no Brasil e ex presidente da Sociedade Beneficente Muçulmana de São Paulo), e Soraya Smaili (Diretora Cultural e Científica do ICArabe) estiveram presentes no evento, que contou com a participação das crianças da Sociedade Muçulmana de São Bernardo do Campo apresentando cantos islâmicos.Uma exposição sobre a religião muçulmana foi ianugurada próxima ao plenário Juscelino Jubitscheck de Oliveira, local onde foi realizada a Sessão Solene. Ao final da Sessão, todos se reuniram em um coquetel comemorativo. Fonte: Site do deputado Simão Pedro

A atividade contou com a participação das crianças da Sociedade Muçulmana de São Bernardo do Campo apresentando cantos islâmicos. 

Ter, 17/05/2011 - 21:26

 

Livro e DVD homenageiam a vasta obra do Prof. Aziz Nacib Ab´SaberPresidente de honra do ICArabe lança coletânea de suas obras mais importantesQuarta-feira, dia 11 de maio, às 18h30, ocorreu no campus da USP uma homenagem ao professor Aziz Ab´Saber no anfiteatro da História, organizada pelo Centro Acadêmico da Geografia. Na ocasião, foi lançado o livro “A Obra de Aziz Nacib Ab´Saber” (editora Beca) que reúne suas publicações mais importantes comentadas por diversos autores. O livro traz um CD contendo a totalidade da obra de Ab´Saber (!), além de entrevista e acervo de fotos antigas. A homenagem iniciou-se com um depoimento do prof. José Bueno Conti, ex-aluno de Ab´Saber, resgatando fatos desde a década de 1950 e ressaltando a importância do prof.Aziz na formação dos alunos e no estímulo ao trabalho de campo. O professor Conti mostrou-nos a primeira aula do prof.Aziz e o primeiro caderno de campo com anotações originais. Em seguida, houve mais duas falas que se constituíram em depoimentos elogiosos à vida e à obra de Ab´Saber, ressaltando o caráter militante do professor diante de questões ambientais e sociais de interesse nacional.Finalmente, o próprio professor homenageado, demonstrando de início certo constrangimento com o caráter de homenagem do evento, logo se sentiu muito à vontade e presenteou a todos com seus depoimentos pessoais e científicos, descritos de maneira ímpar. Lembrou-se de congressos memoráveis, de colegas e explicou como a teoria dos redutos, de sua autoria,foiformulada.  Encerrou sua fala mostrando uma carta de protesto que acabara de enviar ao congresso que naquele momento votavam mudanças impostas ao Código Florestal para favorecer o agronegócio em detrimento do uso racional e preservação dos domínios paisagísticos brasileiros, especialmente da Amazônia.Como era de se esperar, o anfiteatro estava com superlotação e longas filas se formaram ao final, tanto para comprar o livro como para obter uma dedicatória do professor, o qual permaneceu até que o último livro fosse assinado, apesar do cansaço e da hora que se avançava. Parabéns ao CEGE(Centro de Estudos Geográfico ‘Capistrano de Abreu’) da USP pela iniciativa e organização da homenagem, à editora pela produção da obra e, sobretudo, ao prof. Aziz Nacib Ab´Saber que se tornou um ícone da ciência brasileira contemporânea.Luis Antonio Bittar VenturiProfessor doutor do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo.

O eminente geógrafo e presidente de honra do ICArabe lança coletânea de suas obras mais importantes durante evento em sua homenagem.

Qui, 12/05/2011 - 22:45

 

Atividade reúne exposição fotográfica, debates e filmes sobre as revoluções que tomaram o Egito e outros países do mundo árabe em 2011Entre os dias 18 e 22 de maio, o ICArabe realiza, em parceria com a Matilha Cultural, o Festival Medrar (Cairo) e a Cinemateca Francesa, a mostra “Expressões da Revolução”. Fazem parte da atividade uma exposição do fotógrafo tunisiano Hamideddine Bouali, dois debates e exibição de filmes e documentários.Na quarta-feira, 18, Maged El Gebali (Egito) e Paola Giraldo (cientista política e porta-voz da revolução egípcia para a América Latina, no período em que a internet ficou cerceada) debatem os recentes acontecimentos políticos que culminaram com a queda do ditador Mubarak,no Egito. Já no dia 19, quinta-feira, Soraya Smaili (diretora cultural e científica do ICArabe), Marcia Camargos (escritora e historiadora) e Paola Giraldo participam de uma mesa de tema “A Mulher e a revolução no mundo árabe”. No sábado, 21, está programada ainda uma teleconferência com Aalam Wassef sobre “Mídia tática e guerrilha de informação no processo revolucionário do Egito”. A exibição de filmes acontece de 20 a 22 de maio e traz produções de países como Egito, Líbano, Iraque, Marrocos, França, Estados Unidos e Áustria. O destaque vai para a obra de Ahmad Sherif, realizada durante a ditadura de Mubarak e vencedora do prêmio Ars Electronica.As atividades acontecem na Matilha Cultural (Rua Rêgo Freitas, 542, Centro, São Paulo) e são gratuitas. ServiçoMostra Expressões da Revolução18 a 22 de maioLocal: Matilha Cultural - Rua Rêgo Freitas, 542, Centro, São PauloRealização: Matilha Cultural, ICArabe, Festival Medrar (Cairo) e Cinemateca FrancesaProgramação completaExposição fotográfica de Hamideddine Bouali.Fotógrafo da Tunísia, onde se deu o início de toda movimentação na região do Magreb e Oriente Médio.DebatesQUARTA DIA 18/0520h00 - Informações diretas sobre a revolução do Egitocom a presença de Maged El Gebali (Egito) e Paola Giraldo (cientista política e porta-voz da revolução egípcia para America Latina durante o período de cerceamento da internet no Egito)QUINTA DIA 19/0520h00 - A Mulher e a Revolução no Mundo Árabeabertura: Soraya Mislehcom a presença de: Soraya Smaili (ICArabe), Paola Giraldo e Márcia CamargosSABADO DIA 21/0516h00 - TELECONFERÊNCIA com: Aalam WassefMídia tática e guerrilha de informação no processo revolucionário do Egito.FilmesSEXTA DIA 20/0521h00 - Programa Egito ativista e Medrar novas expressõesAhmad Sherif Documentary - 9min (2008) CairoDocumetação apresetada no OK Museum of Contemporary Art, Linz (Austria)Prêmio Ars Electronica e menção honrosa na categoria Hybrid ArtsAhmed Sherif foi o codnome usado pelo artista Aalam Wassef para atuar durante a ditadura de Mubarak. Esse vídeo é um apanhado das ações de mídia tática e guerrilha de informação contra o regime e apresentam a criatividade tanto nas estratégias como nas formas artísticas produzidas por ele durante os últimos seis anos de ditadura.Fluttering Selfhoods - 46min - programação Medrar de vídeos (Cairo)The Princess, 3min, 2009 - Dir: Asmaa and Hind El kolalyA Letter to A Lover, 2min, 2007 - Dir: Shereen LotfeyKekh, 6 min, 2007 - Dir: Hosam ElsawahDon't Resign, 3min, 2008 - Dir: Ahmed ElshaerVolume, 2min, 2010 - Dir: Yara MekaweiShort film "more or less", 11:20, 2010 - Dir: Nada ZatounaThe Trip, 18:47, 2009 - Dir: Ahmed Nabil22h15 - Reel Bad Arabs - Como Hollywood Vilificou um povoDir: Sut Jhally - documentário (EUA) (50min) (2006)SABADO DIA 21/0516h00 - TELECONFERÊNCIA com: Aalam Wassef17h00 - Reel Bad Arabs - Como Hollywood Vilificou um povoDir: Sut Jhally - documentário (EUA) (50min) (2006)18h15 - Sob as Bombas (Sous les bombes)Dir: Philippe Aractingi – DocuFicção (França-Líbano) (98min) (2007)20h00 - Programa Egito ativista e Medrar novas expressõesAhmad Sherif Documentary - 9min (2008) CairoFluttering Selfhoods - 46min - programação Medrar de vídeos (Cairo)21h00 - Caos (Heya Fawda)Dir: Yoseff Chahine - Ficção (Egito) (124min) (2007)DOMINGO DIA 22/0517h00 - Sobre BagdadDir: Sinan Antoon - documentário (Iraque) (90min) (2004)18h45 - Programa Egito ativista e Medrar novas expressõesAhmad Sherif Documentary - 9min (2008) CairoFluttering Selfhoods - 46min - programação Medrar de vídeos (Cairo)20h00 - HarragasDir: Merzak Allouache - docuFicção (Marrocos) (95min) (2009)

Atividade reúne exposição fotográfica, debates e filmes sobre as revoluções que tomaram o Egito e outros países do mundo árabe em 2011.

Qui, 12/05/2011 - 21:22

Entre 16 de maio e 10 de junho, o Espaço Cultural Casa do Lago exibe ampla programação cultural sobre a Palestina. A atividade é organizada em parceria com o ICArabe.

Entre 16 de maio e 10 de junho, o Espaço Cultural Casa do Lago, ligado à Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), será sede de ampla programação cultural sobre a Palestina. A atividade é organizada em parceria com o ICArabe (Instituto da Cultura Árabe). Intitulada “Palestina: vida e sangue”, contará com exibição de três documentários (veja sinopses abaixo) e duas mostras fotográficas, que juntas contam cerca de 60 imagens sobre a vida do povo palestino nos territórios ocupados por Israel. “Retratos da vida palestina” reúne fotografias feitas pela palestino-brasileira Aline Baker em 2008, na região da Cisjordânia, as quais abrangem desde perfis dos seus habitantes até seu cotidiano de trabalho na colheita de azeitonas e de estudos, bem como suas expressões artísticas. Um dia a dia, como as imagens não deixam dúvidas, cercado por dezenas de assentamentos, soldados e postos de controle – atmosfera sob a qual a população local persiste e resiste, inclusive mediante manifestações culturais. Já “A eloquência do sangue”, do brasileiro Rogério Ferrari, abrange fotografias feitas entre janeiro e abril de 2002 e  mostra a realidade nua e crua da Palestina sob ocupação. Também retrata a resistência, sobretudo das pedras contra tanques. Parte das fotos é feita na Cisjordânia e parte em Gaza. Conhecido como o lugar mais densamente povoado do mundo, Gaza possui pouco mais de 300 quilômetros e 1,5 milhão de habitantes, a maioria deslocados internamente de suas casas após a criação do Estado de Israel em 15 de maio de 1948 – para os palestinos, a nakba (catástrofe em português). A esses refugiados e a muitos outros – estima-se que seriam no total 8 milhões, incluindo seus descendentes, em todo o mundo –, são 63 anos de espera por uma solução justa.  No período da exposição de fotos também serão exibidos três filmes do acervo do ICArabe. Dois deles documentam a nakba palestina e um aborda uma das ações de resistência para romper o cerco à Gaza. Além disso, estão previstos debates. Para a diretora cultural e científica do ICArabe, Soraya Smaili, as exposições retratam “aspectos importantes da vida do povo palestino, o seu cotidiano com toda a delicadeza e o humanismo, mas também com a tenacidade, a coragem e a resistência desses mais de 60 anos de ocupação. Um povo que já teve sua terra e luta com dignidade por sua vida". A historiadora Arlene Clemesha destaca que, a despeito do olhar diverso, as duas mostram a realidade comum a esses cidadãos, um dia a dia em que não apenas a luta usando pedras na intifada ante o exército de ocupação, mas também a insistência na colheita de azeitonas são atos de resistência. Na sua visão, a iniciativa dos fotógrafos é a maneira que encontraram de se somar a essa ação, por intermédio da cultura. O pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários da Unicamp, Mohamed Habib, conclui: “Essa universidade, através do Espaço Cultural Casa do Lago, em parceria com o ICArabe, já vem atuando no tema ‘cultura pela paz’. Nesse sentido, no ano passado, tivemos a mostra e a exposição de fotografias da sociedade israelense, além dessa sobre o povo palestino. Quero me congratular com a instituição e com o público que vem compartilhar conosco desses momentos de pluralidade cultural pela paz. Convido a todos.”   Sinopses dos filmesA catástrofe – Partes 1 e 2 (Al Nakba, the Catastrophe, 2007, Catar, cor, 240’) Direção: Rawan DamenGênero: DocumentárioSinopse: Al Nakba é um filme em série que mostra como ocorreu a chamada catástrofe palestina. A história começa no ano de 1799 e segue até os dias atuais. Para isso, utiliza um raro material, composto por documentos oficiais liberados após 50 anos de sigilo. Há ainda depoimentos de vários historiadores proeminentes e testemunhas que contam suas histórias.   Flotilha da paz (Gaza We are Coming, 2010, Grécia, cor, 48’) Direção: Yorgos Avgeropoulos e Yiannis KaripidisGênero: DocumentárioSinopse: Em agosto de 2008, dois pequenos barcos gregos de pescaria conseguiram furar um cerco naval imposto à região de Gaza pelo estado de Israel. O filme mostra a primeira de uma série de viagens, que reuniu 44 ativistas de todo o mundo. Juntos, conseguem quebrar o embargo, provando que a histórias é feita por aqueles que sonham e têm coragem de fazer o que parece irreal.   O ICArabe Fundado em outubro de 2004, o Instituto da Cultura Árabe visa promover e difundir a cultura árabe no Brasil. Com esse objetivo princípio, tem realizado inúmeras iniciativas, tais como mostras de cinema, exposições de arte e fotográficas, cursos, seminários e debates, inclusive com instituições parceiras. Com a iniciativa “Palestina: vida e sangue”, visa contribuir para ampliar o conhecimento sobre a questão palestina, apresentar ao público o cotidiano dos cidadãos que vivem sob ocupação militar e desmistificar, por intermédio da cultura, estereótipos amplamente difundidos pela grande mídia.   O Espaço Cultural Casa do Lago Vinculado ao programa da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), o Espaço Cultural Casa do Lago foi inaugurado em 18 de abril de 2002. Em área construída de aproximadamente 900m2, disponibiliza salas de cinema, multiuso e de exposições. Sua dinâmica é fomentar o diálogo artístico e cultural entre a comunidade acadêmica e os diversos segmentos da sociedade, com a compreensão de que isso é fundamental à formação dos estudantes da Unicamp.   Serviço: “Palestina: vida e sangue” – Mostra de filmes e exposições fotográficas Organização: Instituto da Cultura Árabe e Universidade Estadual de Campinas Quando: 16 de maio a 16 de junho de 2011 Exposições podem ser visitadas das 8h30 às 22h Sessões cinematográficas diariamente às 16h e às 19h Onde: Espaço Cultural Casa do Lago (Rua Érico Veríssimo, s/nº, Cidade Universitária Zeferino Vaz, Barão Geraldo, Campinas/SP – ao lado do Parque Ecológico Hermógenes de Freitas Leitão Filho, no campus da Unicamp), telefone (19) 3521-7851.Entre 16 de maio e 10 de junho, o Espaço Cultural Casa do Lago, ligado à Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), será sede de ampla programação cultural sobre a Palestina. A atividade é organizada em parceria com o ICArabe (Instituto da Cultura Árabe). 

Sex, 06/05/2011 - 08:59

 

Capoeira reforça intercâmbio cultural entre Brasil e LíbanoO Líbano recebeu, entre os dias 19 e 24 de abril, a visita do capoerista Mestre Nenel (Manoel Nascimento Machado), filho do legendário Mestre Bimba  (Manuel dos Reis Machado - 1900-1974), um dos mais célebres capoeristas brasileiros e considerado o pai da capoeira regional, que ele criou em 1928 - uma mistura de batuque com capoeira Angola. Mestre Bimba recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal da Bahia em 1996. Seu filho, Mestre  Nenel, criou a fundacao "Filhos de Bimba",  em 1986,  com o objetivo de guardar os ensinamentos do seu pai. Viaja sempre pelo Brasil e exterior para visitar as escolas que seguem a tradição de seu pai. No exterior, há escolas nos EUA, na Europa e no Líbano, a primeira do Oriente Médio. Em 2009, o jovem Nassib El-Khoury, libanês, após ter estudado e praticado capoeira da tradição de Mestre Bimba, criou uma escola em Beirute, com a assitência dos capoeristas e professores brasileiros Roberta Cecilia Meireles Santana e Ricardo Santos de Jesus. A escola conta com aproximadamente 40 jovens, rapazes e moças, libaneses que praticam a capoeira. Além disso, a escola ensina a língua  portuguesa e a cultura brasileira, um dos princípios dos Filhos de Bimba é transmitir também a cultura no exterior.Meste Nenel visitou o Líbano para avaliar os estudantes capoeristas libaneses, e esteve também no centro de estudos e culturas da América Latina, na Universidade Saint-Esprit de Kaslik (CECAL-USEK, diretor Roberto Khatlab), com o qual já vinha mantendo correspondência. A tradição de Mestre Bimba, conservada por seu filho, Mestre Nenel, transmite  não só uma técnica esportiva, mas tambem uma cultura e trabalho para o desenvolvimento da pessoa como um todo. Os Filhos de Bimba também têm como objetivo um trabalho junto aos estudantes, sendo que o princípio de Mestre Bimba, a capoeira, é a formacao do cidadão.A escola dos Filhos de Bimba está em contato com a Universidade e vários estudantes já praticam a capoeira. A Escola também está em contato com o Grupo infantil de tradições brasileiras Alecrim, ligado ao Conselho de Cidadãos Brasileiros do Líbano, e que iniciará um programa com as criancas de Baalbeck, no Vale do Bekaa. Fonte: www.fbeclebanon.com

Mestre Nenel, figura importante da capoeira brasileira, foi ao Líbano para visitar a escola que ensina a prática no país, a primeira do Oriente Médio. 

Sex, 29/04/2011 - 08:35

Realizado de 21/3 a 13/4/2011, no auditório da Ação Educativa - São Paulo (SP)

Qua, 27/04/2011 - 21:00